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Tishá b’Av – Dia da Queda do Templo – 2015

Tishá b’Av – Dia da Queda do Templo – 2015



Neste dia 25 de Julho de 2015 ao por-do-sol, será lembrado em Israel o Tshá be’Av, ou seja o nono dia do mês de Av, dia que segundo a tradição judaica foram destruídos os dois templos de Jerusalém, o primeiro construído por Salomão e o Templo construído por Herodes.

Neste dia 25 de Julho de 2015 ao por-do-sol, será lembrado em Israel o Tshá be’Av, ou seja o nono dia do mês de Av, dia que segundo a tradição judaica foram destruídos os dois templos de Jerusalém, o primeiro construído por Salomão e o Templo construído por Herodes.

Foi totalmente destruído por Nabucodonosor II da Babilónia, em 586 AEC, após dois anos de cerco a Jerusalém. Os seus tesouros foram levados para Babilónia e tinha assim início o período que se convencionou chamar de Exílio Babilónico ou Cativeiro em Babilónia na história judaica.

Décadas mais tarde, em 516 AEC, após o regresso de mais de 40.000 judeus da Captividade Babilónica foi iniciada a construção no mesmo local do Segundo Templo, o qual foi destruído no ano 70 EC, pelos romanos, em decorrência da Grande Revolta Judaica.

Alguns afirmam que o atual Muro das Lamentações era parte da estrutura do templo de Salomão, ou pelo menos dos seus pátios.

O Templo foi quase totalmente destruído pelas tropas do General e futuro Imperador Romano Titus Flávio, em 70 D.C., abafando aquilo que foi a Grande Revolta Judaica onde morreram mais de um milhão de judeus.

Uma primeira revolta acontecera em 136 a.C., e a terceira seria liderada pelo suposto Messias Bar Kochba em 135 DC.

A única porção do Segundo Templo que ainda hoje se encontra em pé, Muro das Lamentações. Neste dia judeus do mundo inteiro contumam jejuar e orar lembrando esta data como o início do exílio judaico ao longo de 2.000 anos de história.

Infelimente o que se encontra no local do templo é um santuário muçulmano onde esta o Domo da Rocha, sobre o Monte Moria, local onde Adonai escolheu para por aí o Templo erguido por Salomão.

Proibição Romana Impedindo os Judeus de Entrar em Jerusalem

No final do século IV, após a conversão do imperador Constantino ao cristianismo (313) e a fundação do Império Bizantino, a Terra de Israel se tornara um país predominantemente cristão. Foram construídas igrejas nos lugares santos cristãos de Jerusalém, Belém e da Galiléia, e fundaram-se mosteiros em várias partes do país. Os judeus estavam privados de sua relativa autonomia anterior, assim como do direito de ocupar postos públicos; também lhes era proibida a entrada em Jerusalém, com excessão de um dia por ano (Tishá beAv – dia 9 de Av), quando podiam prantear a destruição do Templo.

Acontecimentos na mesma data de Tsha beAv
As Destruições do Templo de Jerusalém

Este é um dos dias mais tristes da história judaica, nele se comemora a destruição dos templos : A destruição do promeiro templo construído por Salomão e o segundo templo construído por Esdras e Neemias e reformado por Herodes o Grande.

Os dois fatos ocorreram no mesmo mês e segundo a tradição, no mesmo dia, o dia nove do mês de Av, a diferença é que o primeiro ocorreu 556 anos antes da segunda tragédia.

Em relação a queda de Jerusalém existem ainda outros três dias que se estabeleceram que estão relacionado com ela. O dia 10 de Tevet quando se lembra o dia do início do cerco a Jerusalém, e o dia 17 quando foi feita a primeira fenda nas muralhas da cidade.

No dia 3 de Tishrei e conhecido como jejum de Gedalia, dia em que ele foi assassinado (I Reis 25:25 e Jeremias 41:2). Zacaria 7:5 e 8:19 mencionam a edificação do Segundo Templo.

No Êxodo

Neste dia, no ano de 1312 antes da Era Cristã, 16 mêses após a saida do povo do Egito, após terem saídos por orientação de Moiséis o Braço Forte de Adonai, os israelitas que tinha mais de 20 anos quando saíram de lá foram condenados a morte no deserto, e neste mesmo dia a entrada do povo na Terra da Promessa teria sido adiada quarenta anos, até que toda esta geração morresse.

As Cinco Calamidades no Judaísmo

Segundo A Misha laTorah, Taanit 4:6, existem 5 eventos que determinam o jejum em 9 de Av. Neste dia Moisés teria pedido aos espias para informarem ao povo sobre a Terra de Canaã, onde a maioria trouxe más notícias dizendo que não poderiam entrar na Terra Santa, onde os Filhos de Israel choraram e temeram entrar na Terra, Númeors capítulos 13 e 14.

OS Babilônicos sob o comando de Nabucodonozor teriam arrasado o Primeiro Templo no ano de 586 AC condenando a maior parte da população a ir para o exílio Babilônico, exílio que teve fim apenas setenta anos depois.

A Segunda destruição se deu no ano 70 da era cristã sob o comando do Genral Tito do Império Romano, este exílio manteve o povo afastado de Jerusalém por cerca de 2.000 anos de história.

Outro fato ocorrido foi a revolta promovida por Bar Khoba e Rabi Akiva contra os romanos, onde milhares de seus seguidores foram assassinados.

Segundo o Talmude a destruição do templo se iniciou no dia 9 de Av e terminou no dia 10 de Av quando as chamas destruiram todo o templo.

Outras calamidades do 9 de Av

Urbano II convocou as Cruzadas no ano de 1095

Queima dos Talmudes no ano de 1242

Eduardo I declarou o seu edito no ano de 1290 expulsando os judeus da Inglaterra.

O Decreto da Alhambra expulsando os judeus da Espanha foi proclamado no dia 3 de Agosto de 1492

Teve início a Primera Guerra Mundial no ano de 1914

No ano de 1942 teve início no Campo de exterminio de Treblinka as primeiras mortes dos judeus sob a determinação de Adof Hitler.

Em 18 de Julho de 1994 foram mortos 86 judeus e mais de 120 ficaram feridos em um atentado terrorista contra a associação israelita na Argentina por um grupo terrorista, provavelmente o Hezbollah.

O Holocausto (Shoah)
Muitos judeus haredim (ultraortodoxos) veem o dia 9 de Av como o dia real para a lembrança da morte dos 6.000.000 de judeus que foram mortos durante o holocausto

Lutando pela vida e liberdade ainda hoje

O Povo de Israel continua lutando para poder viver em PAZ em sua terra ainda nos dias de hoje, e a ameaça a sua liberdade continua exatamente como havia ainda nos tempos bíblicos.

Por vezes a ameaça vem pelos seus inimigos na figura do Iran, palestinos, libaneses ou ISIS, por outras vezes são os próprios judeus divididos lutando uns contra os outros como no caso dos movimentos de boicote contra Israel nos Estados Unidos e na Europa.

Por vezes, o perigo pode vir pelo constante conflito entre os Judeus Ultra-Ortoxos e os Judeus Seculares ou até mesmo os Tradicionais.

Enfim, ainda não há nem de longe a paz e a longevidade tão esperadas pelo Povo de Israel, mas o nosso desejo é que dias como Tishá b’Av não se repitam nunca mais.