“Tentam quebrar a economia para atingir o governo”
Nesta quinta-feira (14), o presidente Jair Bolsonaro criticou uma decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de entregar a relatoria de uma Medida Provisória (MP) que trata da redução de jornadas de trabalho e salários. A declaração foi dada durante uma videoconferência com empresários.
Ele comentava a situação da Medida MP 936, editada pelo governo no mês passado, e que permite que aos empregadores reduzirem tantos os salários quanto as jornada de trabalho de funcionários durante a pandemia de coronavírus.
Sem citar o nome de Rodrigo Maia, Bolsonaro afirmou que a atuação de “que comanda a Câmara” é “afundar a economia para ferrar o governo”.
– Entregar a relatoria da flexibilização do contrato para o PCdoB é para não resolver. Então tem gente que não é do governo, tá lá dentro de outra Casa que não quer resolver o assunto, parece que fizeram acordo com a esquerda. E não dá pra fazer acordo com a esquerda. E nós sabemos qual é a linha da esquerda, é uma linha sindical, é uma linha realmente que não está voltada para o desenvolvimento – destacou.
O presidente também lembrou que outra MP enviada não foi votada e perdeu a validade.
– É a mesma coisa a regularização fundiária. Caducou eu acho que anteontem a MP 910. É um absurdo, um absurdo. Agora de acordo para quem comanda a Câmara dá a relatoria, ele já sinaliza que não quer resolver nada. Parece que quer afundar a economia para ferrar o governo e talvez tirar um proveito político lá na frente – ressaltou.
Ao grupo, Bolsonaro ainda disse que parece existir uma tentativa de se “quebrar” a economia do Brasil para prejudicar seu governo.
– Então o que parece que está acontecendo é uma questão política, tentando quebrar a economia, para atingir o governo. É isso que parece que está acontecendo. E essa medida agora que o Fabio Wanjgarten falou aqui sobre São Paulo, ameaça de lockdown, ou seja, um apagão total, é inimaginável. Um homem está decidindo o futuro de São Paulo, está decidindo o futuro da economia do Brasil. Os senhores, com todo o respeito, têm que chamar o governador e jogar pesado, jogar pesado, porque a questão é séria, é guerra. É o Brasil que está em jogo – apontou.
Ele também voltou a falar das medidas de isolamento e explicou que, se dependesse de sua gestão, o Brasil adotaria um modelo vertical.
– O governo federal, se depender de nós, está tudo aberto com isolamento vertical e ponto final. Os governadores assumiram cada um a sua responsabilidade, houve uma concorrência entre muitos para ver o que fechava mais. Quem defendia mais a vida do teu eleitor, do cidadão do teu estado em relação aos outros. O governo federal nunca foi óbice. Se depender de mim, quase nada teria sido fechado, a exemplo da Suécia – afirmou.
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