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Seul: Coreia do Norte ‘desaparecerá’ se usar arma nuclear

Seul: Coreia do Norte ‘desaparecerá’ se usar arma nuclear



Ameaçada pela rival, Coreia do Sul responde a provocações dizendo que um ataque nuclear norte-coreano provocaria a destruição do próprio regime

Sul-coreanos protestam em Seul contra as pretensões nucleares da Coreia do Norte (Jung Yeon-je / AFP)

O Ministério da Defesa da Coreia do Sul advertiu nesta sexta-feira que a Coreia do Norte provocará a própria aniquilação caso produza um ataque nuclear contra o país. “Se a Coreia do Norte atacar a Coreia do Sul com uma arma nuclear, o regime de Kim Jong-un vai desaparecer da Terra”, declarou o porta-voz do ministério, Kim Min-seok.

Escalada de tensão – O alerta de Seul é uma reação do país à escalada de provocações da vizinha do norte que, em menos de um dia, ameaçou acabar com um armistício que dura sessenta anos e dar início a uma guerra nuclear.

Na última quinta-feira, Pyongyang subiu ainda mais o tom de seu discurso belicista e ameaçou lançar um “ataque nuclear preventivo” contra os Estados Unidos, após Washington liderar a aprovação de novas sanções contra a Coreia do Norte no Conselho de Segurança da ONU. Nesta sexta-feira, o regime de Kim Jong-un prometeu colocar em prática o fim do cessar-fogo que terminou com a Guerra da Coreia (1950-53).

No pronunciamento desta sexta, o porta-voz sul-coreano destacou que "embora no passado a bomba atômica tenha sido utilizada duas vezes para pôr fim à Segunda Guerra Mundial, o ataque a uma sociedade livre e democrática, como a Coreia do Sul, não será perdoado pela humanidade".

A presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, também reiterou hoje a intenção de "responder duramente" a futuras provocações da Coreia do Norte e assegurou que o país comunista enfrentará sua "autodestruição" se continuar com suas políticas militaristas.

Reação americana – Em resposta às declarações do regime norte-coreano, a porta-voz do Departamento de Estado americano, Victoria Nuland, disse que Washington leva as ameaças a sério, mas declarou que "a retórica extrema não é incomum" no regime de Kim Jong-un. Nuland frisou que os Estados Unidos tem total capacidade de defender não apenas o seu território dos mísseis balísticos da Coreia do Norte, mas também os de todos os seus aliados.

(Com agência EFE)