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Reserva Biológica do Parque Equitativa guarda uma das poucas áreas de Mata Atlântica

Reserva Biológica do Parque Equitativa guarda uma das poucas áreas de Mata Atlântica



A garça não é nativa da Mata Atlântica, mas tem espaço reservado no ecossistema local

Uma área de 1,5 milhão de metros quadrados — rica em flora e fauna — compõe o território de Duque de Caxias. É a Reserva Biológica Municipal do Parque Equitativa, em Santa Cruz da Serra, que abriga um dos poucos espaços de Mata Atlântica da Baixada.

— Aqui, encontramos a vegetação nativa dessa mata, ainda na fase primária, ou seja, que não foi desmatada. É uma área que requer muito cuidado e atenção — explica a bióloga Silvana Miranda.

De acordo com ela, no que diz respeito à vegetação, podem ser encontrados jacarandás, cedros, angicos, ipês e embaúbas, entre muitas outras espécies típicas desta vegetação.

Já no caso dos animais, é possível encontrar sagui, tucano, tamanduá-bandeira, tatu, sabiá, entre outros. Além disso, há muitas nascentes no território.

A garça busca alimento no lago
A garça busca alimento no lago Foto: Nina Lima / Extra

— A importância da reserva não está restrita apenas à beleza natural, é preciso criar a consciência de preservação. Esse espaço é um filtro para a poluição do ar, comporta muitas espécies animais e vegetais, é bastante rico — destaca Silvana.

Apesar de enumerar algumas das espécies, a bióloga conta que ainda não foi realizado um mapeamento preciso da área.

— Já visualizaram, por exemplo, uma onça, mas isso não foi registrado por especialistas — diz.

A reserva tem um comitê gestor, formado pelo poder público, entidades representativas e moradores.

Mico-estrela: atípico da mata, foi introduzido no local e pode desequilibrar o ecossistema
Mico-estrela: atípico da mata, foi introduzido no local e pode desequilibrar o ecossistema Foto: Nina Lima / Extra

A Reserva Biológica do Parque Equitativa sofre com a introdução de espécies que não são nativas da Mata Atlântica, como é o caso do mico-estrela.

— Este animal é típico da Região Nordeste, mas foi introduzido aqui. Por não possuir predador natural no local, pode causar desequilíbrio no ecossistema — explica Silvana Miranda.

Outro problema enfrentado é a ocupação indevida pela população.

— Atualmente, o espaço é usado por grupos religiosos para orações. No entanto, precisamos cuidar desta área, que deve ser usada apenas para pesquisa, já que trata-se de uma reserva — diz, fazendo algumas ressalvas:

— É livre a manifestação religiosa. No entanto, deveria ser visto um novo espaço para a prática. Tanto a flora, quanto a fauna do local devem ser sempre respeitadas e preservadas.

Por conta da riqueza natural, Silvana Miranda diz que algumas pessoas vão à reserva praticar a caça.

FONTE extra