Jerusalém, 20 set (EFE).- Os judeus celebram nesta quarta-feira em Israel e no resto do mundo o Ano Novo Judaico, o 5778 do calendário, com mel, maças e romãs, uma festa que, segundo a ortodoxia, festeja a criação de Adão e Eva, e para os laicos marca o começo do ano econômico e do ciclo agrário.



Ao longo dos séculos e dependendo dos locais, o modo de celebrar o Ano Novo Judaico, chamado de Rosh Hashana, foi variando. Mas permaneceu na tradição o desejo de que o ano que chega seja doce (motivo do mel e das romãs), que as pessoas sejam capazes de fazer autocríticas e melhorar (a maçã, símbolo do pecado do egoísmo, molhada em mel para mitigá-lo) e a cabeça de peixe, para ser a cabeça e não a cauda, a escolher o próprio caminho.



O romã, fruta com grande presença bíblica como símbolo da fertilidade, teria 613 sementes segundo a tradição judaica, exatamente o número de mandamentos divinos que os judeus devem cumprir. Os romãs são consumidos na festa para que todos tenham em mente esses mandamentos.






A improbabilidade de que esse seja o número de sementes de cada fruto não impede que os romãs estejam nas mesas de todos que celebram o Ano Novo Judaico, seja laico ou religioso, apesar do aumento exponencial dos preços nessa época do ano.



O Ano Novo abre as festas mais sagradas do judaísmo. Daqui há dez dias, os judeus celebram o Yom Kipur, Dia do Perdão.



Como a cada ano, o Escritório Central de Estatística de Israel anunciou que a população do país chegou a 8,74 milhões de pessoas. Do total, 6,5 milhões são judeus e 1,8 milhão são árabes. Membros de outras comunidades somam 396 mil pessoas.



O índice de natalidade de Israel chegou a 3,11, o mais alto da Organização para a Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OCDE). No ano passado, nasceram no país 181.405 crianças.



E os nomes mais populares para os recém-nascidos são, pelo terceiro ano consecutivo, Mohamed para os meninos e Tamar para as meninas.