Pais cristãos processam conselho escolar nos EUA por ‘banheiro trans’
Segundo o grupo, não houve discussão ou votação para a nova política, implantada em segredo pelo conselho.
Um grupo de pais cristãos e muçulmanos em Ohio, nos Estados Unidos, está processando o conselho escolar da cidade de Bethel por adotar “banheiros trans” sem o consentimento público.
Para eles, a nova política nas escolas viola os direitos constitucionais dos pais, dos religiosos e da lei estadual.
O Distrito Escolar de Bethel passou a permitir que os estudantes usassem o banheiro de acordo com sua “identidade de gênero” no início deste ano, depois que um membro do corpo docente propôs a mudança em uma reunião do conselho, em setembro de 2021.
De acordo com o processo, o membro argumentou que era injusto alunos transgêneros não poderem utilizarem o banheiro feminino “porque nasceram homens” e que precisassem usar um banheiro privado, longe dos sanitários principais.
Segundo os pais, não houve discussão ou votação para a nova política e o conselho escolar implantou a regra em segredo.
Eles afirmaram que a medida fere suas crenças sobre “segurança, privacidade, modéstia, religião e pontos de vista históricos sobre sexo”.
“Todos os pais de Bethel, religiosos ou não, têm o direito fundamental de escolher e orientar a educação e criação de seus filhos”, afirma a ação.
Membros da comunidade muçulmana de Bethel, incluindo os pais que estão processando, doaram recursos para a construção de um banheiro neutro, ao lado dos sanitários das escolas.
Porém, o Distrito Escolar de Bethel construiu banheiros neutros, mas continuou com a política trans, sem avisar os doadores.
Alunas não se sentem seguras
No processo contra o conselho, crianças testemunharam que “seguram a urina e evitam usar o banheiro da escola, se possível, por causa das políticas de Bethel”, o que lhes causa ansiedade e sofrimento emocional.
Uma menina relatou que costuma ir ao banheiro com uma amiga “para ajudar a protegê-la e garantir que nenhum menino viole sua modéstia”.
A America First Legal (AFL), organização que está ajudando o grupo de pais na ação, ressaltou que os estudantes têm direito à privacidade.
“Distritos escolares em todo o país – cuja liderança foi capturada por ideólogos conscientes e burocratas fracos – estão destruindo ativamente os direitos fundamentais”, afirmou o vice-presidente da AFL, Gene Hamilton.
E completou: “Gerações de americanos cresceram em ambientes que inquestionavelmente respeitaram a privacidade pessoal dos alunos em espaços íntimos, separados por sexo biológico. No entanto, aqui estamos como sociedade no ano de 2022, sujeitando estudantes a tipos de experimentos sociais que seriam absurdos uma década atrás”.