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Obesidade infantil pode estar ligada a maior risco de asma

Obesidade infantil pode estar ligada a maior risco de asma



Nova pesquisa descobriu que quanto maior o índice de massa corporal (IMC) de uma criança, mais elevadas as suas chances de desenvolver a doença

 Asma: Estima-se que 20 milhões de brasileiros tenham a doença (Spike Mafford/ Thinkstock)
Um estudo publicado nesta terça-feira sugere que a asma pode ser causada, em parte, pelo excesso de peso na infância. Segundo os autores da pesquisa, é possível que a atual epidemia de obesidade infantil ajude a explicar o aumenta da prevalência de asma nos últimos anos. A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia estima que 20 milhões de brasileiro sejam asmáticos. 

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Effects of BMI, Fat Mass, and Lean Mass on Asthma in Childhood: A Mendelian Randomization Study

Onde foi divulgada: periódico Plos Medicine

Quem fez: Raquel Granell, John Henderson, David Evans, George Davey Smith, Andrew Ness, Sarah Lewis, Tom Palmer e Jonathan Sterne

Instituição: University de Bristol​, Grã-Bretanha

Resultado: O risco da asma aumentou 55% a cada unidade a mais do IMC considerado normal de cada criança.

A nova pesquisa, realizada na Universidade de Bristol, Grã-Bretanha, analisou a relação do índice de massa corporal (IMC) de 4.835 crianças de sete anos, em média, com a prevalência de asma. Os autores também observaram o DNA dessas crianças, procurando especificamente por 32 variações genéticas associadas à doença.
As conclusões, publicadas no periódico Plos Medicine, indicaram que quanto maior o IMC da criança, mais elevado o risco de ela ter asma. Cada ponto a mais no IMC considerado como ideal para crianças (ou seja, de até 25), por exemplo, foi associado a uma chance 55% maior da doença. O estudo também descobriu uma forte relação entre IMC elevado, maior risco de asma e mais variações genéticas associadas à doença.
A pesquisa, no entanto, não identificou de que forma a obesidade pode levar à asma. Mesmo assim, os autores sugerem que intervenções na saúde pública para combater a obesidade podem ajudar a conter os crescentes casos de asma no mundo. “Influências do ambiente no desenvolvimento da asma na infância têm sido um assunto amplamente estudado em pesquisas epidemiológicas, mas poucos fornecem evidências de causalidade”, escreveram os pesquisadores no artigo.

Como evitar uma crise alérgica

 

Manter a casa arejada

Manter o ambiente arejado afasta a proliferação de ácaros e fungos e é importante principalmente nos quartos, pois é o local onde as pessoas dormem e normalmente passam um período de tempo maior. "Controlar a umidade é essencial para que nenhum dos dois agentes apareça e cause a alergia", diz o alergista e imunologista Fabio Castro, presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai).

 

Usar cortinas de algodão lavável

Poeira doméstica pode conter pelo de animais, esporos de fungos e outros alérgenos. Cortinas e persianas são alvos fáceis de depósito de pó. A dica é optar por materiais e modelos fáceis de lavar, como algodão e voal. Persianas devem ser lavadas uma vez por semana.
 

Livrar-se de objetos que acumulam poeira

Bichos de pelúcia e livros são exemplos usuais de objetos que acumulam poeira nos quartos. No caso dos bichos de pelúcia, há um agravante: ele é um lugar perfeito para os ácaros se proliferarem, já que acumula umidade e é difícil limpeza. "O melhor é, para quem tem alergia, guardá-los no armário, principalmente nas épocas mais frias do ano", diz Fabio Castro.

 

Limpar o chão com pano úmido

Usar vassouras para remover a sujeira faz com que o pó fique suspenso no ar, favorecendo as crises alérgicas. Prefira limpar o chão com pano úmido. Quando o piso é varrido, o ambiente fica com a poeira suspensa no ar durante uma a duas horas.

 

Utilizar água sanitária para limpar a casa

A proliferação de fungos pela casa, principalmente em forma do conhecido "mofo", pode ser evitado tanto pelo controle da umidade quanto pelo uso de água sanitária para limpar a casa, que ajuda a eliminá-los.

 

Lavar casacos e cobertores antes de usá-los

Após meses no armário, por causa da umidade e da falta de luminosidade, os ácaros podem se hospedar em cobertores e casacos, assim como os fungos. Por isso, e para não correr o risco de entrar em contato com os alérgenos, o ideal é lavar com água quente as roupas de frio e os cobertores antes de usá-los. Essa prática ajuda a eliminar os causadores da alergia.
 
Outra dica é, ao acordar, não arrumar a cama imediatamente, mas esperar que a umidade da roupa de cama seque. "Além disso, o ideal é expor, a cada 15 dias, colchões, travesseiros, edredons, bichos de pelúcia e almofadas ao sol", diz Ciro Kirchenchtejn, pneumologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo.
 

Manter animais fora do quarto

O pelo dos animais domésticos é uma causa comum de alergia. Para os amantes dos bicho

Retirar tapetes dos quartos

Os tapetes são habitats para os ácaros e os fungos se proliferarem — sobretudo se a casa não está arejada suficientemente. Além disso, acumulam muita poeira e pelos de animais. A recomendação é evitá-los, no mínimo, nos quartos.

Limpar as narinas com soro fisiológico

Com a poluição e o ar seco, as narinas acumulam impurezas, podendo causar alguma irritação que desencadeia a alergia. O soro fisiológico ajuda a mucosa nasal a manter as vias respiratórias limpas. "É indicado lavar o nariz com soro duas vezes por dia, de manhã e à noite", indica Rogério Gastal Xavier, pneumologista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Evitar produtos com cheiros fortes

Utilizar produtos de limpeza ou aromatizadores para a casa com cheiros fortes pode causar irritação e inflamação da mucosa nasal em quem tem alergia respiratória. "Os alérgicos já têm uma sensibilidade a mais, por isso, os cheiros fortes podem irritar a narina", diz Gastal Xavier. Optar por odores mais suaves para limpar e aromatizar a casa é o ideal.