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O homem que pretende abrir 12 empresas em 12 meses

O homem que pretende abrir 12 empresas em 12 meses



Muita gente passa a vida toda só com ideias na cabeça sem conseguir transformá-las em algo concreto. Este definitivamente não é o caso de Pieter Levels, um holandês de 28 anos que está usando suas habilidades como designer e programador para criar startups… muitas startups

Muita gente passa a vida toda só com ideias na cabeça sem conseguir transformá-las em algo concreto. Este definitivamente não é o caso de Pieter Levels, um holandês de 28 anos que está usando suas habilidades como designer e programador para criar startups… muitas startups.

Levels se desafiou a desenvolver 12 produtos diferentes em 12 meses. E, para dificultar um pouco as coisas, ele faz isso enquanto viaja pelo mundo, usando apenas infraestruturas de lugares como cafés e espaços de coworking.

Agora 1/3 da aventura já está concluída: Levels lançou quatro serviços. O primeiro, de março, se chama Play My Inbox e serve para procurar todas as músicas citadas no e-mail de uma pessoa para transformá-las em uma única lista de reprodução.

Em abril chegou a vez do Go Fucking Do It, uma lista de tarefas que cobra um valor do usuário caso ele não realize o que prometeu. Funciona como uma espécie de desafio: “Faça seu trabalho em 15 dias ou pague US$ 25.” Os valores chegam a US$ 1.000.

Há também o Tubelytics, de maio, ferramenta que permite obter informações sobre vários canais do YouTube, mesmo os que não lhe pertençam. E por fim o NomadList, de julho, produto pensado para pessoas como o próprio Levels, porque indica os melhores lugares do mundo para se trabalhar remotamente.

O diferencial de Levels é o desafio dos 12 lançamentos em 12 meses, mas seu estilo de vida não é novidade. A Wired, que repercutiu a história do holandês nesta quarta-feira, 27, levanta a discussão sobre os empreendedores nômades e o tipo de crítica que eles despertam.

A principal delas é o suposto abuso de locais precários. No caso de Levels, ele passou por países mais pobres que o seu, se aproveitando de hospedagem, alimentação e transporte barato para desenvolver produtos que não vão gerar retorno aos lugares que o acolheram. Também há a preocupação com o tipo de ferramenta criada, porque em geral são superficiais e servem apenas para quem criou – caso do NomanList.

Por outro lado, há quem veja o estilo nômade como ideal, porque põe o profissional à prova e pode gerar bons resultados. Como o serviço de traduções Babelverse e o de compartilhamento de links Buffer. Além disso, administradores de espaços de coworking adoram os nômades, porque eles estimulam os desenvolvedores locais e aquecem a economia por onde passam.