“O wahabismo e o salafismo, que são as subcategorias mais radicais do sunismo, têm se manifestado de modo muito forte no Brasil. Isso é uma ameaça. A radicalização que afeta jovens na Europa também está acontecendo no Brasil. Todo cuidado é pouco”, disse o líder xiita muçulmano.

 

Mesmo o Brasil sendo um país em que a maioria é cristã e as demais religiões convivem pacificamente, salvo episódios raríssimos de intolerância, o extremismo muçulmano já preocupa.

“A religião islâmica é de origem árabe. No Oriente Médio, as pessoas lidam com a religião com naturalidade. Alguns [muçulmanos] brasileiros, porém, estão abraçando a fé cegamente. Há muitos fanáticos pregando para gente intelectual e emocionalmente vulnerável por aí”, ponderou Jalloul. “Não necessariamente incitando ao terrorismo, mas ensinando uma forma equivocada de lidar com a religião”.

“Esses fanáticos pregam que cristãos e judeus não podem existir. Pregam até o afastamento da família, apesar de o profeta Maomé dizer que o respeito aos pais deve ser mantido até o fim da vida. Aqueles que têm mais sede de conversão são os piores. Eles querem se converter e não discutem nem questionam nada”, alertou.