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Lei proíbe discussão de ideologia de gênero em escolas de Volta Redonda

Lei proíbe discussão de ideologia de gênero em escolas de Volta Redonda



“Nosso objetivo é proteger a família”, diz presidente da Câmara Municipal.
Líder do movimento contra homofobia quer recorrer no STF.

Uma lei aprovada pela Câmara Municipal tem dividido opiniões em Volta Redonda, RJ. Ela proíbe a inclusão da política de ideologia de gênero no plano de educação das escola e assegura às instituições de ensino o direito de manter o conceito "menina" e "menino" para tratar os estudantes. 
 
Aprovada no início do mês por unanimidade pelos vereadores, a lei havia sido vetada pelo prefeito Antônio Francisco Neto (PMDB). O veto foi derrubado após nova votação dos parlamentares, na semana passada.
 
"Nosso objetivo é proteger a família, dar tranquilidade aos pais e proteger também as nossas crianças. Um menino de três anos de idade, como ele vai entender que não é menino nem menina, que ele não nasce homem ou mulher? Realmente traria um transtorno muito grande. É isso que nós estamos combatendo", disse o presidente da Câmara, Paulo Conrado (PSD), autor da lei.
 
O líder do movimento "Volta Redonda contra a Homofobia", Natã Teixeira Mourinho, discorda do presidente da Câmara. Ele acredita que a sociedade também deveria ter sido ouvida e se prepara para ir até Brasilia entrar com um recurso no Superior Tribunal Federal (STF), questionando a constitucionalidade da lei.
 
"Mesmo não discutindo, eu acho que a gente não defve proibir de discutir. Hoje, a evasão escolar é grande por conta do preconceito. Discutindo isso na escola, eu acredito que vai diminuir e muito o índice de preconceito nas unidades escolares", afirmou.