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Jubileu e seu significado

Jubileu e seu significado



JUBILEU para o mundo cristão não significa apenas compor cinqüenta anos de existência, mas também relembra outros aspectos relatados na Bíblia como instrução ou mandamento de Deus para seu povo

JUBILEU para o mundo cristão não significa apenas compor cinqüenta anos de existência, mas também relembra outros aspectos relatados na Bíblia como instrução ou mandamento de Deus para seu povo. Uma contagem do tempo que ao se completar trazia novidade de vida e libertação, Levítico, Capítulo 25. Jubileu, no hebraico quer dizer “Sonido de trombeta”, um instrumento feito do chifre do carneiro; instrumento através do qual se extraia uma nota musical longa e aguda. Usado para anunciar o ano do Jubileu. O ano do Jubileu correspondia ao primeiro ano depois de sete vezes o ano sabático judaico. Este ano sabático compreendia, por sua vez, o total de sete anos, dentre eles, seis anos se trabalhava a terra e ao completá-los, no sétimo, deviam fazer descansar; descansando tanto a terra como também os trabalhadores.
 
O ano do Jubileu, por sua vez, era o primeiro ano depois de sete anos sabáticos, ou seja: sete vezes sete anos que é igual a quarenta e nove. No ano seguinte, o qüinquagésimo ano, celebrava-se então, em comemoração solene, o ano do Jubileu, que tinha inicio no dia 10 do mês Tisri, que corresponde, no nosso calendário, ao mês de setembro; era um ano tão importante que o povo comemorava-o com solenidades marcantes, porque no que se diz, trazia o Jubileu que em muito tem haver com JÚBILO. Júbilo que é alegria. Jubileu tempo de celebrar, tempo de festa na alegria do Senhor. Era considerado um ano de resgate. Nele eram observados preceitos tais como: repouso da terra e descanso dos trabalhadores, liberdade de escravos, instituição de normas que regularizassem a negociação de propriedades; resgate de propriedades das famílias; dívidas anuladas e outras mais.
 
O ano do Jubileu convidava e interessava a todos e levava também em conta duas grandes premissas da ótica divina; primeiro, o reconhecimento por parte de todo o povo de que as desigualdades não provêem de Deus, mas sim do pecado, principalmente, a usura, o poder temporal e o egoísmo; segundo, para reconhecerem ainda que uma vez contritos por esses pecados podiam receber o perdão, concedido por Deus que a todos ama. O Jubileu lembrava libertação e como tal, sua mensagem já trazia na simbologia a tipificação da chegada do reino de Deus por Cristo Jesus, o libertador. O Senhor Jesus nos deixou um legado grandioso do seu reino e como mensagem escrita disse que veio para cumprir a Lei e não anulá-la, portanto, Ele cumpriu em si mesmo também o Jubileu do Antigo Testamento. Isaías profetizou o “ano aceitável do Senhor” Is. 61-2; e “o ano dos meus redimidos é chegado” Is.63-4. Se lermos atentamente a profecia que fala de Jesus, em Isaias 61:1-3 vê-se claramente, que os benefícios concedidos pelo ano do Jubileu, o Senhor os confirmou e os ampliou ainda mais.
 
Oferecendo “boas novas aos mansos, restauração aos contritos de coração, liberdade aos cativos, abertura das portas das prisões aos presos e consolação a todos os tristes” Isto é Jubileu hoje, e a igreja prega isto.