NOTÍCIAS

Israel se une ao Quênia contra o extremismo islâmico

Israel se une ao Quênia contra o extremismo islâmico



Um dos analistas de perseguição comentou que as vítimas em potencial tem sido a comunidade cristã. “As principais vítimas dos últimos ataques no Quênia têm sido os cristãos”.

Em 2013, militares do Quênia receberam ajuda das forças especiais de Israel que se juntaram aos esforços para libertar os reféns. (Foto: Reprodução).
 
Israel e o Quênia concordaram em cooperar na questão do combate aos grupos islâmicos extremistas. A informação é do Haaretz Israel News. De acordo com a fonte, o presidente queniano Uhuru Kenyatta visitou Israel em fevereiro desse ano com o objetivo de buscar mais sobre a experiência dos israelenses para combater os recentes ataques. Uhuru visa derrotar os militantes da Somália, Al-Shabaab, principalmente depois do ataque à Universidade de Garissa.
 
"Israel está pronto e disposto a ajudar o Quênia e também qualquer outra nação que necessite combater o terrorismo, que é um crime hediondo que deve ser confrontado com a mesma força que ataca", disse Nadav Peldman, vice-embaixador de Israel.
 
Já um dos analistas de perseguição comentou que as vítimas em potencial tem sido a comunidade cristã. "As principais vítimas dos últimos ataques no Quênia têm sido os cristãos. Em muitas ocasiões, por falta de estratégia e segurança, os policiais chegam atrasados, não conseguindo impedir as mortes. Por isso, algumas nações têm recorrido a Israel para preencher a lacuna", relatou.
 
Apesar do novo acordo, essa não é a primeira vez que acontece uma aproximação entre os dois países. É o que conta o analista. “Essa aproximação entre Quênia e Israel não é algo novo. Durante a Operação Entebbe de 1976, que foi uma missão de resgate e uma ação organizada contra o terrorismo, realizada pelas Forças de Defesa de Israel, no aeroporto de Entebbe, em Uganda, o Quênia prestou assistência às forças especiais israelenses", disse.
 
O Quênia ocupa o 16º lugar na Classificação da Perseguição Religiosa atual e tem 80% de sua população cristã. O nível de perseguição continua aumentando e é provável que continue assim. De acordo com o site do Ministério Portas Abertas, a igreja queniana tem se mostrado “forte e se destaca por ter uma vida de oração perseverante e muita fé, apesar de todas as dificuldades que encontra para seguir a Cristo”. O site ainda convida aos leitores a orar pela nação.
 
Quênia e a perseguição contra os cristãos
 
Segundo informações do Morning Star, o grupo extremista islâmico Al-Shabaab atacou cristãos de uma pequena vila costeira, deixando pelo menos quatro mortos e vários feridos. “Só no ano passado, esse grupo extremista matou pelo menos 147 estudantes da Universidade de Garissa. Os cristãos que vivem em regiões costeiras e no norte do Quênia estão enfrentando ataques cada vez mais brutais. O governo queniano não está conseguindo proteger os cidadãos e a situação piora a cada dia”, comentou um dos analistas de perseguição.