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Israel irá libertar em novembro palestino que fez greve de fome

Israel irá libertar em novembro palestino que fez greve de fome



Exército diz que não irá renovar detenção administrativa de Mohamed Allan. Preso sem acusações formais, ele quase morreu após 60 dias de greve.

Transformado em símbolo da luta contra a detenção administrativa, aquela que acontece sem acusações formais, o palestino Mohamed Allan será posto em liberdade em novembro – informou o Exército israelense nesta quarta-feira (30).

"Depois de examinar o caso de Mohamed Allan, decidiu-se que, se não houver nenhuma novidade em relação a ele, sua detenção administrativa não será renovada", anunciou o Exército, em uma nota.

Apresentado como membro da Jihad Islâmica, organização considerada "terrorista" por Israel, Allan ficou à beira da morte em agosto passado, depois de uma greve de fome de quase 60 dias interrompida somente quando a Justiça israelense suspendeu sua detenção administrativa.

O advogado Mohamed Allan, de 31 anos, era praticamente um desconhecido até sua greve de fome, ato que o transformou no símbolo da luta contra esse regime de detenção. A "pena" voltou a ser aplicada em setembro.

Ele foi preso pela polícia em 6 de novembro de 2014, com base em "testemunhos e informações, segundo os quais estava em contato com um ativista terrorista da Jihad Islâmica para cometer atentados de grande alcance", relataram fontes de segurança israelenses.