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Grupo pede que muçulmanos se casem com cristãs para disseminar o islamismo na Espanha

Grupo pede que muçulmanos se casem com cristãs para disseminar o islamismo na Espanha



Centenas de cartazes foram distribuídos em um bairro de Barcelona, incentivando que os muçulmanos se casem com mulheres cristãs para “fazerem o Islã prevalecer”

 Para reforçar sua religião, um grupo desconhecido na Espanha colocou centenas de cartazes em uma área dominada por migrantes, pedindo aos homens muçulmanos que se casem com mulheres espanholas – incluindo as cristãs – para ensinar-lhes que “o Islã é a verdadeira religião”.

 
“É admissível e encorajamos que um homem muçulmano se case com mulheres honestas e castas, que pertencem ao Povo do Livro [judeus e cristãos]. Mesmo que tenham distorcido e alterado a tradição, elas ainda são adequadas para o casamento”, diz o cartaz, que foi noticiado pelo jornal espanhol ‘La Gaceta’.
 
“Irmão, se envolva em uma parceria com uma espanhola, ensine-lhe que o Islã é a verdadeira religião”, acrescenta o cartaz. “A lei islâmica determina que os frutos desta aliança seguirão o Islã, o que fortalecerá ainda mais a nossa comunidade”.
 
Os cartazes apareceram na região de El Raval, um bairro do distrito da ‘Ciutat Vella’ de Barcelona. A área é conhecida por sua vida boêmia e também pela criminalidade. Cerca da metade de sua população nasceu no exterior, principalmente na América do Sul, Paquistão, Filipinas e Romênia.
 
O cartaz, que também denigre os cristãos, convida os membros da comunidade a participarem de uma “reunião de informação” que será realizada nesta terça-feira (14) em um restaurante árabe da cidade.
 
O bairro de El Raval tem sido um local estratégico para alguns grupos muçulmanos que dizem que seguidores do Islã têm “direito a retornar” para a Espanha, devido à história islâmica do país.
 
Entre 711 e 1492, a Espanha islâmica (ou Al-Andalus), era uma mistura multicultural de muçulmanos, cristãos e judeus, embora com restrições.
 
Atualmente, cerca de 4% da população espanhola é muçulmana e mais da metade deste grupo é formada por imigrantes. Alguns grupos jihadistas têm até mesmo apelado para um restabelecimento do domínio islâmico em Al-Andalus.
 
Em maio de 2016, uma pesquisa da Anistia Internacional descobriu que 97% dos entrevistados espanhóis estavam dispostos a “aceitar pessoalmente imigrantes que fogem da guerra ou perseguição” em seu país.
 
O Índice de Bem-Estar dos Refugiados do grupo mediu a vontade das pessoas de terem refugiados vivendo em seus países, cidades, bairros ou até mesmo em suas próprias casas. “A Espanha tem uma das posições mais favoráveis para acolher refugiados e requerentes de asilo dos países pesquisados”, afirmou Amnesty.
 
O governo da Espanha, no entanto, tem sido cuidadoso e relutante em acolher refugiados.
 
No mês passado, cerca de 500 migrantes africanos atravessaram a fronteira do Marrocos para o enclave espanhol de Ceuta, um dos dois enclaves espanhóis no norte da África, de acordo com a CNN. Em outro incidente, pelo menos 800 imigrantes africanos tentaram atacar uma cerca da fronteira em Ceuta, vindos de Marrocos no dia de Ano Novo, segundo a Reuters.
 
 
 
Com informações CPAD News
Imagem: Reprodução