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Furacão Otis atinge Acapulco, no México, e se torna ‘potencialmente catastrófico’

Furacão Otis atinge Acapulco, no México, e se torna ‘potencialmente catastrófico’



O furacão Otis atingiu a categoria mais alta (5) ao se aproximar do litoral sudoeste do MéxicoEspera-se que atinja o continente nesta quarta-feira, provocando provável “dano catastrófico”, segundo informou o Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC, na sigla em inglês).

O que é o furacão Otis?

 

“É um furacão de categoria 5 (o máximo) na escala de vento de Saffir-Impson. E continuará com essa força até tocar na terra, provavelmente causando “dano catastrófico”, acrescentou o NHC em seu relatório, quando o furacão estava a 90km do sudoeste do porto de Acapulco, no estado de Guerrero, apresentando ventos de 260km/h. A força dos ventos mantém as autoridades federais em alerta máximo.

“Aceite mudar para abrigos, ficar em lugares seguros: longe de rios, córregos, ravinas e estar alerta”, escreveu o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, no X (ex-Twitter).

Quais lugares o furacão Otis pode atingir?

 

Otis poderá atingir algum ponto entre Técan de Galeana, uma das comunidades mais pobres do México, e o turístico Porto de Acapulco, de acordo com o Serviço Meteorológico Nacional (SMN).

Governo suspende aulas

 

O governo do estado de Guerrero suspendeu as aulas e adiou a apresentação de um relatório anual de gerenciamento para se concentrar no trabalho de prevenção, de acordo com um comunicado.

Banhistas na praia após o alerta de chegada do furacão Otis, em Acapulco, Estado de Guerrero, México — Foto: Francisco Robles / AFP
Banhistas na praia após o alerta de chegada do furacão Otis, em Acapulco, Estado de Guerrero, México — Foto: Francisco Robles / AFP

“O mais importante é fortalecer a coordenação com as autoridades (…) e as Forças Armadas, com o objetivo claro de buscar a segurança da população e evitar riscos”, disse o governador Evelyn Salgado, citado no boletim.

Qual é a situação de Acapulco por causa do furacão Otis?

 

Militares patrulharm as áreas perto da costa de Acapulco (cerca de 380km ao sul da Cidade do México), onde as atividades marinhas e a navegação de embarcações foram suspensas.

De acordo com imagens de TV, em Acapulco ainda registrava chuvas leves e ondas moderadas, na terça-feira.

As autoridades de proteção civil também fazem rondas em lugares que serão ativados como abrigos, acrescentou o governo.

As grandes lojas de serviço, como o Walmart e o mexicano Aurrerá, foram fechadas na terça-feira à tarde.

Furacão Paulina deixou centenas de mortos em Acapulco

 

Acapulco foi atingido, em 9 de outubro de 1997, pelo furacão Paulina, que tocou terras com categoria 4, deixando mais de duzentos mortos, o que o tornou um dos mais letais da história do México.

Alerta em sete estados do México

 

O SMN mantém em alerta quase 500 quilômetros entre Punta Maldonado e Zihuatanejo, em Guerrero, bem como parte da costa do estado vizinho de Oaxaca (sul).

O órgão também emitiu alertas para fortes chuvas e ventos em sete estados no Sul e no Centro do país.

Devido a suas amplas linhas costeiras no Pacífico e no Atlântico, o México é um dos países mais vulneráveis ​​a furacões, pelo menos uma dúzia de fenômenos climatológicos por ano, tudo com o potencial de se tornar grandes ciclones.

História trágica

 

Em outubro de 2015, a parte central da costa do Pacífico sofreu o impacto de Patricia, o furacão mais poderoso nos registros meteorológicos – com ventos de 325km/h e rajadas de até 400km/h, mas apenas danos materiais foram registrados, já que passou por terras em uma área desabitada e montanhosa.

Enquanto isso, em setembro de 2013, outro fenômeno foi registrado nas costas mexicanas: simultaneamente, a tempestade tropical Manuel entrou pelo Pacífico, e o furacão Ingrid pelo Golfo do México, resultando em 157 mortes e pelo menos 1,7 milhão de desabrigados.

Em outubro de 2005, o Caribe mexicano foi assolado por Wilma, o furacão mais poderoso da história, que atingiu a terra por Cozumel e depois, lentamente, dirigiu-se por mais de 48 horas para Cancun e Riviera Maya, deixando oito mortos e mais de US$ 10 milhões em prejuízos.