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Fundador de seita que castrava jovens no Maranhão é preso em Petrópolis

Fundador de seita que castrava jovens no Maranhão é preso em Petrópolis



Na noite desta terça-feira (26), Donato Brandão Costa, líder de uma seita no Maranhão que castrava seus seguidores, foi preso em Petrópolis, onde morava há cerca de três anos com antigos e novos seguidores.

Na noite desta terça-feira (26), Donato Brandão Costa, líder de uma seita no Maranhão que castrava seus seguidores, foi preso em Petrópolis, onde morava há cerca de três anos com antigos e novos seguidores.  Após ter cumprido pouco mais de dez anos em regime fechado e ter passado para o aberto, houve uma regressão de sua pena do regime aberto para o semiaberto, fazendo com que a Vara de Execuções Penais (VEP) expedisse um mandado de prisão, o qual foi cumprido ontem pelos delegados Alexandre Ziehe, titular da 105ª DP, Juliana Menescal, Renato Rabelo e Pedro Judice. Na manhã desta quarta-feira (27) ele foi encaminhado para Bangu.
 
De acordo com uma matéria da Folha de São Paulo, publicada no dia 28 de fevereiro de 1999, Donato havia sido preso, na época com 28 anos, acusado de mandar castrar três homens integrantes da seita Mundial (Moderna Unidade Normativa de Desenvolvimento da América Latina), da qual era o líder.
 
A seita sediada em São Luís, com ramificações em Santa Inês (MA) e Marabá (PA), reunia cerca de 20 pessoas. “O grupo mistura noções de cristianismo e ritos de origem africana. Segundo um de seus integrantes, o homossexualismo é praticado entre seus adeptos. Brandão é o fundador da seita e considerado um ‘messias’ pelos seguidores”, dizia a matéria. Ainda de acordo com um integrante da seita da época, Brandão justificava a castração dizendo que essa era a forma de purificá-los. “Os jovens deveriam ficar semelhantes a arcanjos, que eram castos, e por isso eles deveriam seguir o mesmo caminho.”
 
Donato foi condenado a 37 anos de prisão por lesão corporal de natureza gravíssima; constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, dentre outros delitos. Ainda de acordo com o processo, o acusado chegou a formar uma espécie de centro comunitário e usava a suposta função de guia espiritual para ter domínio sobre os seguidores.