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EUA oferecem US$ 20 milhões por informação sobre chefes do EI

EUA oferecem US$ 20 milhões por informação sobre chefes do EI



Imagens divulgadas pelas autoridades americanas de chefes do Estado Islâmico que são procurados

Imagens divulgadas pelas autoridades americanas de chefes do Estado Islâmico que são procurados

Os Estados Unidos anunciaram nesta terça-feira (5) que vão pagar 20 milhões de dólares por informações confiáveis que levem à captura de quatro chefes do Estado Islâmico. O montante de 7 milhões de dólares será destinado a quem fornecer dados que levem a Abd al-Rahman Mustafa al-Qaduli, um dos chefes dos extremistas. Em maio passado, ele já tinha virado alvo de sanções do Departamento do Tesouro americano. Qaduli nasceu em Mosul, no Iraque, em 1957 ou 1959, e teria sido o braço direito do chefe da facção iraquiana da Al-Qaeda, Abu Musab al-Zarqawi, morto em 2006. Acredita-se que Qaduli tenha viajado para a Síria em 2012 para se unir ao EI, depois de passar anos preso no Iraque.

Também foi autorizado o pagamento de até 5 milhões de dólares por informações sobre o sírio Abu Mohammed al-Adnani, espécie de porta-voz dos terroristas, e sobre o geórgio Tarkhan Tayumurazovich Batirashvili, chefe militar do grupo. Adnani tem 38 anos e seu nome de nascimento é Taha Sobhi Falaha. Batirashvili nasceu entre 1982 e 1986 e é mais conhecido como Omar. Segundo as autoridades, ele tem sua base em Raqqa, na Síria, e supervisiona uma prisão terrorista em al-Taqba, onde reféns são mantidos.

Outros 3 milhões serão destinados a quem der às autoridades americanas detalhes sobre o tunisiano Tariq Bin-al-Tahar Bin al Falih al-‘Awni al-Harzi, de 33 anos, responsável por arrecadar fundos em países do Golfo Pérsico e recrutar terroristas para o Estado Islâmico. O Departamento de Estado informou que ele organiza a viagem de terroristas para a região comandada pelo EI desde 2013. Atua com frequência na fronteira entre a Síria e a Turquia, fornecendo armas e treinamento aos novos integrantes do grupo extremista. O terrorista facilita a ida de europeus para a Turquia e, na sequência, para a Síria, a rota mais comum dos que são recrutados pelos selvagens do levante.

Ataque no Texas – Investigadores americanos estão analisando o envolvimento do EI em um ataque ocorrido no último domingo em Garland, periferia de Dallas, no Texas. Os terroristas reivindicaram a ação, dizendo que ‘soldados do califado’ abriram fogo contra um centro cultural onde havia uma exposição de charges de Maomé. Os dois atiradores foram mortos por agentes que faziam a segurança do local. Um policial ficou levemente ferido no tiroteio.

O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, ressaltou que muitos alegam estar ligados ao grupo, quando na verdade não há uma associação direta. “Neste momento, o FBI e outras agências de inteligência estão trabalhando para verificar se há alguma ligação entre esses dois indivíduos e o Estado Islâmico ou outras organizações terroristas. Ainda é cedo demais para dizer”.

Membros do governo americano disseram à agência Reuters, em condição de anonimato, que não se sabe se o EI foi oportunista ao reivindicar a autoria do ataque. Uma fonte afirmou que os investigadores consideram provável que o papel do grupo no atentado tenha sido muito mais de “inspiração” do que operacional.

 

Fonte: Veja