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Emirados Árabes interromperam ataques ao EI quando piloto foi feito refém

Emirados Árabes interromperam ataques ao EI quando piloto foi feito refém



Muath al-Kasaesbeh teve sua morte divulgada na terça-feira, prejudicando ação de principal aliado americano na ofensiva

 WASHINGTON — Os Emirados Árabes cessaram os ataques aéreos que conduziam contra o Estado Islâmico junto à coalizão liderada pelos EUA assim que o piloto Muath al-Kasaesbeh foi feito refém pelo grupo. Funcionários da Casa Branca relataram que o aliado temia novas derrubadas de aviões e tomadas de reféns. O primeiro-tenente jordaniano de 27 anos teve sua execução, que aconteceu em 3 de janeiro, divulgada nesta terça-feira. 

 
 Como adiantou o “New York Times”, o país árabe questionou a capacidade da coalizão resgatar possíveis vítimas de abates aéreos antes de eles serem capturados, como aconteceu no caso de al-Kasaesbeh, que ficou à própria sorte. Um dos primeiros membros da coalizão reunida a partir da Otan, os Emirados são o país que mais realizou operações áereas contra o grupo, utilizando seus caças F-16.
 
A proposta dos Emirados Árabes para aumentar a segurança de seus pilotos é que o Pentágono invista mais em atividade de busca e resgate, transferindo para o Norte do Iraque suas aeronaves Osprey — que podem pousar verticalmente, como helicópteros. Atualmente, as operações são realizadas a partir do Kuwait, e os Emirados lançaram seus caças de dentro do próprio país.
 
Uma das preocupações que tornaram tensa a relação entre EUA e EAU no último mês foi a predisposição do governo americano em contar com o Irã no combate ao grupo jihadista. O presidente Barack Obama prometeu que abrirá mão se perder o apoio dos países sunitas. Em um momento de deterioração das relações com outros países árabes estratégicos, como Turquia, Egito e Arábia Saudita, os Emirados Árabes são um aliado ainda mais importante no combate.
 
Kasaesbeh foi morto em 3 de janeiro, após seu caça ser abatido no final de dezembro em Raqqa, na Síria. O paradeiro dele era um mistério, e o EI chegou a fingir negociar sua soltura por semanas — quando ele já estava morto.