Em busca de recorde mundial, sorocabano faz lanche de 110 quilos
Sanduíche foi dividido para mais de 50 pessoas.
Ele já entrou para o Guiness Brasileiro com um lanche de quase 8 quilos.
Só o pão pesou 15 quilos, sem contar a apresuntada, muçarela, bacon, tomate, cebola, calabresa, salsicha, queijo cremoso, batata palha, milho, ervilha, mostrada, ketchup e maionese. Todos esses ingredientes foram reunidos na tentativa de fazer o maior sanduíche do Brasil na noite desta quinta-feira (1º), emSorocaba (SP). O lancheiro Danilo Henrique Neves de Souza gastou quase quatro horas para rechear os 2,5 metros de pão. O sanduíche pronto, segundo Danilo, pesou mais de 110 quilos e serviu uma turma de mais de cinquenta pessoas.
Para ter sucesso no desafio gastronômico, Danilo contou com a ajuda do sócio da lanchonete, Marino Roberto. "Na semana passada a gente começou a planejar o sanduíche e a comprar os ingredientes", conta Danilo. A empreitada contou ainda com a ajuda dos amigos, que fizeram a divulgação da empreitada nas redes sociais.
Na hora combinada (16h), o pão – feito sob medida por uma padaria de Sorocaba – chegou e foi saudado com uma batucada do grupo de seis amigos que não arredou pé até que tudo ficasse pronto. O pão só teve a parte de cima dividida pela metade para poder ser aberto sem quebrar. "Nossa, só para cortar o pão é mais puxado que uma hora na academia", desaba Danilo.
O passo a passo, segundo ele, é igual a um sanchuíche normal, o que difere é a quantidade de ingredientes. O pão recebeu uma generosa camada de 2 quilos de maionese, sobre a qual foram acomodados os 10 pés de alface e em seguida a salsicha (20 kg), a apresuntada (3,715 kg) e a muçarela (4,015 kg).
Bacon (11,415 kg), calabresa (12 kg), cebola (6 kg), tomate (10 kg), milho (6 kg) e ervilha (6 kg) tiveram que ser preparados aos poucos, na chapa. "Ele é muito caprichoso. Cozinha muito bem", elogia a namorada Tatiane Maciel.
Danilo conta que nunca teve aulas de culinária, começou a cozinhar ainda criança e tomou gosto pela coisa. Para ganhar a vida já foi pizzaiolo, ajudante de cozinha, garçom e teve até convite para dar aulas em uma escola de culinária, mas esse trabalho preferiu deixar de lado. "O que eu gosto mesmo é de inventar". Diz que já "inventou" mais de 50 tipos de sorvete, entre eles o de cachaça, vodka com pêssego, amarula e vinho com frutas. "Eu que inventei todos e, agora, estou desenvolvendo um bolo de batida de maracujá que vai ser um sucesso", prevê.
À medida que o sanduíche ia sendo montado, a plateia em frente à lanchonete aumentava. Amigos, parentes, clientes e até gente que passava com o carro via a movimentação e parava para ver o que estava acontecendo. "Eu nunca vi uma coisa dessas. É muito interessante ver o trabalho dele. Agora eu só espero para provar porque com esses ingredientes deve ficar muito gostoso", opinou o cliente Adilson Golat Bispo.
Uma generosa camada de batata palha (7 kg) e queijo cremoso (5,4 kg) completaram o lanche, que não dispensou o ketchup (3 kg) e a mostarda (3 kg).
O momento de virar as metades do pão para cobrir tudo foi um espetáculo à parte. Todos de câmeras e celulares nas mãos para não perder nenhum movimento. Foi preciso a ajuda do sócio para não correr o risco de dar nada errado. "É uma sensação muito louca, é muito emocionante, é a satisfação de superar os limites", completou, ao ver a obra pronta.
O sanduíche foi vendido por R$ 20 o quilo, que dava direito também a um sorvete de cachaça e uma garrafa de refrigerante. Apesar do tamanho, a iguaria não durou muito tempo, já que alguns glutões, além de comerem, levaram pedaços para casa.
Rumo ao Guiness
Danilo esteve durante dois anos no Guiness Brasil com o maior sanduíche do país, que pesava 7,975 quilos (2008), mas em 2010 foi superado pelos funcionários de uma lanchonete de Barretos (SP), que fez um lanche com 21,8 quilos e 60 centímetros de diâmetro.
Agora, ele quer superar a marca mundial, que hoje pertence a um grupo do México. O atual campeão mede 58 metros e pesa 750 quilos. Mas, antes disso, Danilo quer montar um hamburger de 90 quilos. E a façanha já tem data marcada. "No máximo em julho do ano que vem", diz.
Para isso, ele está em busca de patrocínios. O primeiro é o sócio, Marino Roberto. "Eu vou ajudar porque confio no talento dele e no que pode render no futuro", diz.
"Eu quero morrer cozinhando. Chegar aos 90 anos ali na chapa fazendo lanches para os meus clientes", completa o lancheiro.