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Do convite a Muricy aos acordos com Messi: Neymar revela papos no futebol

Do convite a Muricy aos acordos com Messi: Neymar revela papos no futebol



Brasileiro diz que debate com argentino antes de cobranças de falta e confirma ser “padrinho” em estágio de técnico. Suspenso na Seleção, diz que vai “comer os dedos”

De chapeuzinho estilo ao do cantor norte-americano Pharrell Willians, sapato de marinheiro, relógio e pulseiras, camisa jeans estampada com estrelas e gravata longa. Até de folga, sem a bola no pé, Neymar gosta de abusar. O atacante escolheu o estilo ousado para estampar sua alegria na apresentação da nova campanha de um de seus patrocinadores, no Camp Nou.

Com um gol marcado e um pênalti sofrido na última partida do Barcelona, goleada de 4 a 1 sobre o Levante, Neymar começa esta temporada renovando sua moral, depois de ter terminado a anterior como artilheiro da Champions e campeão do triplete com o time culé. O brasileiro possui números e títulos que o colocam como candidato a surpreender na disputa da próxima Bola de Ouro, mas o atacante não faz – e nem fará – campanha por votos. Ele acredita que Messi será o ganhador, e corre por fora, na miúda.

Neymar evento (Foto: Divulgação)
Cheio de estilo, Neymar participou de evento no Camp Nou (Foto: Divulgação)

– Não precisa fazer a campanha, não. Vou continuar fazendo meu trabalho que as coisas dão certo – diz, com os pés no chão, mas confiante. Neymar já foi premiado na cerimônia da gala da Fifa em 2012, quando levou o prêmio Puskás pelo gol mais bonito do ano anterior.

Neymar também não quer entrar em rota de colisão com seus bons amigos, Messi e Suárez, que concorrem pelo mesmo título. Nem pela Bola de Ouro e nem por nada. Depois de fazer um golaço de falta contra o Atlético de Madrid, quando Messi estava no banco, há duas rodadas, o ex-santista apenas viu o argentino desperdiçar cobranças de faltas contra o Levante – e até um pênalti -, mas não se preocupa se está ou não na hora de começar a dividir essa responsabilidade com o camisa 10 do time.

– A gente conversa. A gente vê o posicionamento do goleiro da barreira e vê quem está melhor para bater. Ele não é um cara que não deixa, é um cara bem tranquilo quanto a isso – explica Neymar.

Enquanto Suárez foi poupado no jogo contra o Levante, Neymar espera sua vez de ser deixado no banco por Luis Enrique, adepto à rotação do elenco para poupar lesões por fadiga ou lesão. O brasileiro, apesar de entender a filosofia, diz que quer jogar todas as partidas. Esse estilo ‘fominha’ prejudicará Neymar na próxima semana. O atacante ainda está suspenso devido à expulsão contra a Colômbia na Copa América e desfalca o Brasil nas duas primeiras rodadas das Eliminatórias da Copa, contra Chile e Venezuela.

Neymar evento (Foto: Divulgação)
O craque brasileiro falou sobre Seleção e Barcelona (Foto: Divulgação)

– Eu não gosto de assistir jogo. Ficarei em casa comendo os dedos, muito nervoso assistindo meus companheiros – conta o jogador, que disse ter aprendido sua lição, "não dá para falar com os árbitros".

Sem poder ajudar no começo, Neymar se preocupa com o futuro da Seleção na competição, e com a classificação para a Copa da Rússia em 2018.

– Vai ser difícil. Todos os jogos serão perigosos, principalmente fora de casa. Se a gente não se preparar do jeito que temos de nos preparar, podemos ser surpreendidos.

Há dois anos no Barcelona, Neymar não perde a identificação e a ligação com o Brasil, e tem seus favoritos. O jogador revelou que gostaria de ver Philippe Coutinho no Barça e confirmou o convite ao técnico Muricy Ramalho para fazer um estágio.

– Em breve ele está aí. Tenho uma amizade muito grande com o Muricy. A gente conversava muito na época do Santos. Geralmente porque eu estava dando satisfação sobre compromissos profissionais pra ele não me dar bronca. Ele sempre falava: "Moleque, tem que fazer gol" – brinca Neymar, sobre o maior conselho que recebeu de seu ex-técnico.

Com amizades de Messi a Muricy, o eclético Neymar segue fazendo seu caminho no futebol, sempre também sob seu lema ‘ousadia e alegria’. Embora a ousadia às vezes possa o deixar suspenso ou fora de combate, a alegria dá traços que está cada vez mais forte e segue como combustível para as metas da carreira do atleta.