Dilma quer Galeão empatado com melhor aeroporto do mundo
Número de usuários do Galeão pulou de 9 milhões em 2006 para 17 milhões em 2013
Dilma Rousseff durante cerimônia de assinatura do contrato de concessão do Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim (Galeão) Foto: Roberto Stuckert Filho/PR / Divulgação
O ministro da Secretaria de Aviação Civil da Presidência, Moreira Franco, disse que considera o aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, “pronto para a Copa”. Em entrevista coletiva após a assinatura do contrato de concessão do terminal nesta quarta-feira, Franco afirmou que do ponto de vista físico, o aeroporto atende à demanda dos jogos. Segundo ele, obras que a Infraero está fazendo no terminal 2 e que foram iniciadas antes da concessão serão entregues nos próximos dias e estão faltando apenas “alguns retorques”.
“O que tem causado maiores problemas são pequenos problemas que se tornam grandes pela repetição, como escadas com problemas, banheiros imundos e em pouca quantidade, elevadores apertados. Espero que a experiência do concessionário nas obras já em andamento possa garantir a mobilidade adequada”. Para o ministro, há tempo hábil para solucionar questões que incomodam passageiros. “Nos 70 dias que faltam para a Copa, dá tempo para limpar qualquer banheiro em 70 dias. E se não limpar eu faço como na música, chamo o síndico”.
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Franco, no entanto, não soube responder por que a Infraero não resolvia o problema da limpeza de banheiros antes da concessão, já que o problema é considerado simples. “Por que não limpou? Porque não limpou. Estamos na expectativa de que se limpe. Queremos olhar para frente, mudar, colocar o Galeão no século XXI”, afirmou o ministro. Para ele, o Galeão tem problemas operacionais, como de comunicação, sinalização, atendimento e informação.
Na cerimônia de assinatura do contrato de concessão do terminal nesta quarta-feira, a presidente da República, Dilma Rousseff, disse que espera que o aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro, fique no mesmo nível do aeroporto de Cingapura, eleito um dos melhores do mundo . A assinatura marca o início do período de transição em que a concessionária Aeroporto Rio de Janeiro S/A administrará o aeroporto ezendo, m conjunto com a Infraero, até assumir plenamente o terminal em agosto. O consórcio é formado pela Odebrecht Transport, a Infraero e a Changi Airports International, que administra o aeroporto de Cingapura.
“Nossa expectativa em relação ao Galeão é bastante concreta. A gente não precisa desbancar o aeroporto de Cingapura, mas temos que procurar empatar com ele”, disse Dilma. Em seu discurso, a presidente chorou ao lembrar da música de Tom Jobim que canta o Galeão aos olhos de um exilado político que retornava do Brasil após anos fora do Brasil devido à ditadura. “É a síntese do que é a saudade do Brasil, voltar ao Brasil chegando ao Galeão”, afirmou Dilma.
Segundo Dilma, o número de passageiros no Galeão pulou de 9 milhões em 2006 para 17 milhões em 2013, um crescimento de 10% ao ano. “Há uma pressão por uma oferta de maior qualidade. Por isso começamos a fazer algumas obras aqui. Mas sabemos que é preciso fazer muito mais”, disse Dilma.
O ministro da Secretaria de Aviação Civil da Presidência, Moreira Franco, afirmou que a concessionária que assumirá o Galeão terá um papel para além de realizar obras. “A tarefa é reestabelecer a imagem do Galeão e do Rio, trabalhar o imaginário e a esperança”, disse Franco.