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Cristãos na Ucrânia fazem culto em porão para escapar dos bombardeios

Cristãos na Ucrânia fazem culto em porão para escapar dos bombardeios



Membros de uma igreja evangélica em Mariupol, cidade portuária da Ucrânia, precisavam fazer o culto de domingo no porão do templo para escapar dos bombardeios das forças russas, que se intensificaram neste final de semana.

Mariupol, localizada a sudoeste do país, está sendo alvo de forte ataque e seu porto já está cercado por soldados russos. Cerca de 200 mil civis estão tentando fugir do município através de corredores humanitários, mas a operação fracassou e foi interrompida, após a quebra do cessar-fogo.

A Igreja Batista Central é um dos poucos edifícios que ainda permanecem intactos. Na manhã de domingo (6), com o fechamento do corredor humanitário, mais de 75 pessoas se reuniram no porão da igreja para cultuar a Deus em meio à guerra.

Segundo a filha do pastor fundador, o templo foi construído em 1990 e, na época, muitos reclamaram que o porão era muito grande. Mas, hoje, com Mariupol sitiada, o espaço tem servido de abrigo aéreo para a congregação batista.

A Igreja Batista na cidade de Izyum não teve o mesmo desfecho que sua igreja irmã. Localizada perto dos combates na região de Kharkiv, a congregação serviu aos refugiados até ser atingida por um projétil russo e pegar fogo, neste domingo (6). Agora, a maioria dos membros estão evacuando para o oeste da Ucrânia.

Apesar do ataque cruel que estão sendo alvos, as igrejas ucranianas permanecem confiando em Deus e decididas a não desistir de sua missão.

“A tarefa mais importante para a igreja agora é continuar pregando. As igrejas se tornaram um farol de esperança”, declarou o pastor local Rakhuba. “Mas oramos e trabalhamos – com esperança e fé – para que Deus prevaleça e revele sua glória na Ucrânia”.

Ivan Rusyn, outro líder cristão em Kiev, profetizou: “Podemos perder nosso campus, mas depois de um conflito há uma chance de construir de novo. As igrejas evangélicas se tornarão mais fortes e parte integrante de nossa sociedade”.