Coreia do Sul diz que armistício com Norte continua vigente
A Coreia do Sul se negou nesta terça-feira a reconhecer a decisão da Coreia do Norte de “anular” unilateralmente o armistício alcançado há 60 anos pelos dois países e exigiu que Pyongyang encerre a nova retórica belicista.
Manifestantes protestam em Seul contra exercícios militares entre Coreia do Sul e EUA (Jung Yeon-je/AFP)
A Coreia do Sul se negou nesta terça-feira a reconhecer a decisão da Coreia do Norte de "anular" unilateralmente o armistício alcançado há 60 anos pelos dois países e exigiu que Pyongyang encerre a nova retórica belicista. "O cancelamento do acordo de armistício não está previsto em seus próprios dispositivos, nem no direito internacional", afirmou à imprensa o porta-voz do ministério sul-coreano das Relações Exteriores, Cho Tai-Young.
A Coreia do Norte anunciou na semana passada a intenção de cancelar não apenas o armistício, mas também outros pactos bilaterais assinados com Seul, caso Coreia do Sul e Estados Unidos prosseguissem com seus exercícios militares anuais. Os últimos exercícios militares começaram na segunda-feira.
Durante uma visita aos quartéis militares próximos da fronteira, na segunda-feira, o dirigente norte-coreano Kim Jong-un escolheu a pequena ilha sul-coreana de Baengnyeong, próxima da fronteira marítima entre os dois países, como primeiro alvo no caso de conflito, informou a imprensa estatal.
A tensão entre os dois países aumentou em dezembro, quando a Coreia do Norte testou um foguete considerado por Seul e seus aliados como um míssil balístico, seguido de um terceiro teste nuclear em fevereiro e de novas sanções aprovadas na sexta-feira passada pelo Conselho de Segurança da ONU.