Como é a perseguição aos cristãos no Catar?
Os cristãos no Catar são estrangeiros que trabalham no país. Por isso são mais livres para viver a fé, embora também enfrentem pressão. As igrejas frequentadas por imigrantes são monitoradas pelo governo e limitadas a áreas específicas. Há um pequeno número de cristãos nativos no país. Eles enfrentam extrema pressão das famílias e das comunidades muçulmanas.
O país não reconhece oficialmente a conversão do islã, o que causa problemas legais e perda de status social, custódia dos filhos e propriedade. Os cristãos estrangeiros ex-muçulmanos evitam alguma pressão ao conviver em comunidade internacional. Porém, tanto os cristãos ex-muçulmanos nativos quanto os migrantes correm risco de discriminação, assédio e vigilância policial.
“Muitos dos que encontramos testemunharam que vieram ao país pela oportunidade de ganhar mais, mas Deus tinha um plano maior. Eles encontraram o Rei dos reis e o Senhor dos senhores, que não apenas lhes deu uma vida melhor, mas também uma vida eterna.”
Pastor Samuel (pseudônimo), que pastoreia migrantes no Catar
O que mudou este ano?
O Catar subiu 11 posições na Lista Mundial da Perseguição 2022. Esse é um reflexo do aumento da violência contra os cristãos. Além disso, igrejas foram forçadas a permanecer fechadas após as restrições da crise de COVID-19.
Quem persegue os cristãos no Catar?
O termo “tipo de perseguição” é usado para descrever diferentes situações que causam hostilidade contra os cristãos. Os tipos de perseguição aos cristãos no Catar são: opressão islâmica, opressão do clã, paranoia ditatorial.
Já as “fontes de perseguição” são os condutores/executores de hostilidades, violentas ou não violentas, contra os cristãos. Geralmente são grupos menores (radicais) dentro do grupo mais amplo de adeptos de uma determinada visão de mundo. As fontes de perseguição aos cristãos no Catar são: oficiais do governo, líderes de grupos étnicos, líderes religiosos não cristãos, cidadãos e quadrilhas, parentes.
Quem é mais vulnerável à perseguição no Catar?
Os riscos são maiores para os cristãos ex-muçulmanos nativos no Catar. Já os seguidores de Jesus estrangeiros têm mais liberdade para adorar, desde que façam de maneira que o governo tolere.
Como as mulheres são perseguidas no Catar?
As mulheres e meninas cristãs infringem a lei do país ao se converter, por isso precisam viver a nova fé em segredo, já que correm o risco de serem excluídas da família e da comunidade local. As famílias têm autoridade para limitar as viagens delas e mantê-las em prisão domiciliar. Também negam apoio financeiro e proíbem o acesso a internet, telefone ou livros.
Apesar de raro, as cristãs que foram expulsas de casa são malvistas pela sociedade, já que uma mulher não deve andar e viver sozinha no Catar. As ex-muçulmanas podem enfrentar violência física e sexual e permanecem em silêncio para não serem ainda mais estigmatizadas. Em casos em que a cristã ex-muçulmana deseja casar-se com um homem da mesma fé, ela está proibida pela legislação do país.
Como os homens são perseguidos no Catar?
Os cristãos ex-muçulmanos descobertos enfrentam pressão dos próprios familiares. Eles são ameaçados de perder a esposa e os filhos, ficam isolados e acham muito difícil se encontrar com outros cristãos. Em casos mais extremos, os homens podem enfrentar traumas físicos e psicológicos por causa da fé em Jesus.
O que a Portas Abertas faz para ajudar os cristãos no Catar?
A Portas Abertas promove apoio espiritual por meio de campanhas de oração em favor dos cristãos perseguidos no Catar e em toda a Península Arábica.