Combate às seitas religiosas nas prioridades do CICA (Angola)
O combate à proliferação de seitas religiosas no país foi apontado terça-feira, em Mbanza Kongo (Zaire) como prioridade, pela nova secretária-geral do Conselho das Igrejas Cristãs em Angola (CICA), Deolinda Teca.
O combate à proliferação de seitas religiosas no país foi apontado terça-feira, em Mbanza Kongo (Zaire) como prioridade, pela nova secretária-geral do Conselho das Igrejas Cristãs em Angola (CICA), Deolinda Teca.
Em declarações à Angop, a responsável religiosa, a frente do CICA desde Março deste ano, disse que esta missão será levada a cabo em parceria com as autoridades competentes do Executivo angolano, de modo a estabelecer um controlo rigoroso ao exercício de culto pelas igrejas não reconhecidas pelo Estado angolano.
"Existem as estruturas ligadas às igrejas e com elas gostaríamos realmente de colocar e controlar as tais igrejas que estão aparecendo como cogumelos, como dizia o malogrado Frei João Domingos", sublinhou a secretária do CICA.
Esclareceu que as referidas seitas são responsáveis por práticas indignas à vida humana, como é o caso daquelas que acusam crianças de práticas de feitiçaria, comportamento que não condiz com o cristianismo, sustentou a responsável religiosa.
Outra das prioridades, de acordo ainda com a fonte, tem a ver com a construção de escolas de teologia, de modos a dotar o CICA de instituições de ensino para a formação de pastores e da juventude cristã, capazes de corresponderem com os desafios actuais.
"Precisamos promover várias formações para moldar a mente humana, trabalhar bastante na perspectiva do resgate dos valores morais e cívicos, em parceria com o governo e demais instituições que primam pelo bem-estar da pessoa humana", asseverou.
Num outro desenvolvimento, a reverenda Deolinda Teca deplorou o comportamento de certas denominações religiosas que usam o cristianismo com outros fins que em nada têm a ver com a vocação da igreja, alertando que constitui crime, juridicamente, e pecado, diante de Deus.
Referindo-se à imigração ilegal, fenómeno que muitas das vezes tem sido associado com a proliferação de seitas religiosas no país, sugeriu que se faça um trabalho de sensibilização junto das famílias e das comunidades, no sentido de engajá-las no combate a este mal já considerado uma ameaça à segurança nacional.
A secretária-geral do CICA efectua, desde segunda-feira, uma visita de trabalho ao Zaire, destinada ao reforço da cooperação com as igrejas membros que operam na região, assim como a apresentação do programa de advocacia da instituição denominado “ boa governação e monitorização social”, que visa definir as acções prioritárias a executar no domínio social em benefício às comunidades locais.
O referido programa está em vigor desde 2010 em várias províncias do país.
Fazem parte do CICA, a Igreja Evangélica Baptista em Angola (IEBA), Igreja Evangélica Congregacional (IECA), Igreja Evangélica Reformada (IERA), Igreja Evangélica de Angola (IEA), Igreja Evangélica Irmãos Menonitas (IEIMA), Igreja Anglicana (IEU/CAA), Igreja Metodista Unida (IMUA), Igreja Kimbanguista(IKA), Igreja Fé Apostólica (IFAA), Igreja Apostólica Africana (IAAA).
Completam a lista de membros do CICA as igrejas Cheia da Palavra de Deus (ICPDA), Igreja Doze Apóstolos (IDAA), Igreja Evangélica Menonita (IEMA), Igreja Missão Apostólica dos Crentes (MACA) e a Igreja Missão Evangélica Pentecostal (MEPA).
