NOTÍCIAS

Cientistas encontram evidência de oceano no centro da Terra

Cientistas encontram evidência de oceano no centro da Terra



Diamante encontrado no Brasil que veio do centro da Terra confirma que há um oceano no centro do planeta. “É a confirmação de que há uma grande quantidade de água presa em uma camada muito distinta no interior do planeta”, disse Graham Pearson, principal autor do estudo e geoquímico da Universidade de Alberta, no Canadá.

Diamante encontrado no Brasil que veio do centro da Terra confirma que há um oceano no centro do planeta. “É a confirmação de que há uma grande quantidade de água presa em uma camada muito distinta no interior do planeta”, disse Graham Pearson, principal autor do estudo e geoquímico da Universidade de Alberta, no Canadá.

O diamante abriga um pequeno pedaço de um mineral de olivina chamado ringwoodite, que se forma apenas sob pressão extrema, como a cerca de 515 km de profundidade no manto da Terra.

O composição do manto terrestre ainda permanece um mistério, já que é muito profunda para ser perfurada. Os cientistas acreditam que a composição do manto da Terra é semelhante ao de meteoritos chamados condritos, que são principalmente feitos de olivina. E a evidência disso chegou.

“A maioria das pessoas (inclusive eu) nunca esperava ver tal amostra. Amostras da zona de transição e do manto inferior são extremamente raras e só encontradas em poucos diamantes incomuns”, explica Hans Keppler, geoquímico da Universidade de Bayreuth, na Alemanha.

O ringwoodite foi descoberto pela equipe de Graham Pearson em 2009, quando os pesquisadores examinavam um diamante marrom sem valor comercial na cidade de Juína, no estado do Mato Grosso. O diamante confirmou que os modelos estavam corretos: olivina é ringwoodite a essa profundidade.

Além disso, o diamante revelou a existência de água no manto, já que o é feito de 1,5% de água, presente não como líquido, mas como hidróxido de íons (moléculas de oxigênio e hidrogênio ligadas). Ou seja, os resultados do estudo sugerem que poderia haver um vasto estoque de água na zona de transição do manto, que se estende de 410 a 660 km de profundidade.

“Isso se traduz em uma massa muito, muito grande de água, aproximando-se do tipo de massa de água que está presente em todos os oceanos do mundo”, fala Pearson.