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China volta atrás em proibição de venda de Bíblias

China volta atrás em proibição de venda de Bíblias



 No início do mês, o governo chinês anunciou a proibição de vendas de Bíblias em lojas on-line. Buscas pela Bíblia em sites de grandes lojas na internet vinham vazias. As informações são do jornal The New York Times. Na quarta-feira, dia 4, o governo apresentou um documento de políticas sobre religião, garantindo a “proteção” da liberdade religiosa.

Intitulado “Políticas e Práticas da China para Proteger a Liberdade de Religião e Crença”, o tratado foi apresentado pelo Escritório de Informação do Conselho Estadual numa coletiva de imprensa, após a dissolução do Escritório de Assuntos Religiosos. De acordo com o padre italiano, Bernardo Cervellera, para o site AsiaNews, o documento do governo sinaliza uma mudança em relação à filosofia marxista que define religião como “o ópio do povo”, ao definir a China como um “país multirreligioso desde tempos antigos”. No entanto, o documento do governo acrescentou que “orientação ativa” era necessária, de modo que as religiões possam “se adaptar à sociedade socialista”.

O documento de políticas do governo afirma que há cinco religiões reconhecidas na China, com um total de 200 milhões de fiéis, sendo 30 milhões de protestantes e 6 milhões de católicos. Cervellera, diz no entanto, que esses números são baseados apenas nas igrejas formais, registradas, pois há uma estimativa que haja a mesma quantidade de cristãos, católicos e protestantes, nas igrejas subterrâneas e não-oficiais. Em outubro, a Portas Abertas reportou que estimativas apontam que o número de cristãos pode chegar a 247 milhões em 2030, fazendo da China a maior igreja do mundo.

A China é um país socialista, unipartidário e tem 1 bilhão e 400 mil habitantes. O budismo, cristianismo e islamismo são as religiões predominantes no país, que ocupa a 57º posição na lista da perseguição elaborada pela missão Portas Abertas.

Fonte: Portas Abertas