Campanha pede cancelamento de Super Drags, da Netflix
Frente Parlamentar pela Defesa da Vida e da Família emite nota de repúdio
por Jarbas Aragão
A animação brasileira Super Drags, da Netflix, tem estreia mundial marcada para esta sexta-feira (9). Como o nome indica, os personagens principais são homens que se vestem de mulher. O cantor trans Pabllo Vittar é um dos dublares.
Logo que as primeiras imagens da produção foram divulgadas, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) se manifestouformalmente contra o conteúdo, que considera “impróprio” para crianças.
Em nota, a entidade – que reúne cerca de 40 mil especialistas na saúde física, mental e emocional – afirma que está é preciso fazer um alerta “para os riscos de se utilizar uma linguagem iminentemente infantil para discutir tópicos próprios do mundo adulto” e chega a pedir que a série não seja exibida.
Esta semana, uma petição pública virtual foi iniciada, pedindo o cancelamento do lançamento e a “retratação pública da Netflix”. Ela já conta com mais de 15 mil assinaturas e está disponível AQUI.
A empresa de streaming minimizou as críticas, afirmando que não era uma animação focada no público infantil e sugeriu que a classificação indicativa seria para 16 anos. A produtora responsável pelo desenho, afirma que “Graças à Netflix podemos levar a animação brasileira e principalmente a representatividade LGBTQ para os 190 países que têm acesso ao serviço. E sonhar com um mundo onde os gays podem arrebentar os bandidos, e não o contrário”.
Influência sexual
Na semana passada, a Frente Parlamentar pela Defesa da Vida e da Família do Congresso Nacional divulgou uma nota de repúdio à Super Drags. Os deputados destacam que o desenho “retrata assuntos de cunho moral de forma obscena e não educativa”.
Eles pediram que a classificação deveria ser alterada para 18 anos. O vice-presidente da Frente, deputado federal Alan Rick (PRB/AC), que também é pastor, pediu que “Pais e mães fiquem atentos ao conteúdo que seus filhos estão acessando na TV, internet, celular e outras mídias”. Destacou ainda que o desenho faria parte das “tentativas sórdidas de influenciar sexualmente nossas crianças”.