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Britânico decide doar empresa para ter mais tempo para cuidar dos filhos

Britânico decide doar empresa para ter mais tempo para cuidar dos filhos



Simon Cohen nomeou duas diretoras executivas que ficarão com 95% das ações da companhia

 RIO – O empresário britânico Simon Cohen, dono de uma empresa internacional de comunicação que representa o Dalai Lama, parece ter descoberto que o segredo da sua felicidade seria doar a companhia para poder ficar em casa cuidando dos filhos, informa reportagem do jornal The Telegraph. Ele promoveu um processo de seleção de dois meses para encontrar candidatos adequados para assumir a empresa de 1 milhão de libras (o equivalente a R$ 3,8 milhões) após concluir que a venda ou a fusão poderiam fazer com que a filosofia da empresa que havia criado fosse deixada de lado.

 
Ele avaliou mais de 200 candidatos de 30 países até encontrar duas pessoas com os perfis ideais para assumir o negócio. Acabaram sendo escolhidas duas mulheres: Noa Gafni, uma estrategista digital do Fórum Econômico Mundial, e Rosie Warie, diretora de uma empresa de comunicação. Elas se tornarão diretoras executivos da empresa, a Global Tolerance, com 95% das ações da companhia, 10 mil libras em dinheiro (R$ 38 mil) e todos os ativos da empresa.
 
A companhia foi criada há 11 anos e é especializada em comunicação e marketing para o ativismo social, com clientes como a Organização das Nações Unidas e o Dalai Lama. Em entrevista ao The Telegraph, o empresário disse que o que poderia parecer um gesto generoso era, na verdade, a realização de seu próprio interesse, e que a decisão só lhe trouxe mais felicidade.
 
Cohen, de 35 anos, tem uma filha, Seren, de 1 ano e três meses, e sua mulher, Kate, está grávida novamente. O filho do casal deve nascer em novembro.
 
“Quando minha esposa ficou grávida, foi a coisa mais real no mundo e eu tinha que pensar o que era mais valioso para mim”, disse Cohen, que acabou decidindo que “não havia nada mais valioso no mundo” do que estar com sua mulher e filhos.
 
Ele vai permanecer dono de 5% das ações da empresa e pretende trabalhar uma vez por semana como consultor de comunicação, para pagar as contas de casa. O casal ainda não decidiu se, depois do nascimento do filho, Kate voltará a trabalhar fora, como editora de viagem.