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Brasileiro vence concurso de guitarristas de Montreux, pela primeira vez

Brasileiro vence concurso de guitarristas de Montreux, pela primeira vez



Leandro Pellegrino esperava desde 2010 pela abertura das inscrições do concurso de guitarristas, realizado pelo Festival de Jazz de Montreux.

Leandro Pellegrino esperava desde 2010 pela abertura das inscrições do concurso de guitarristas, realizado pelo Festival de Jazz de Montreux.
Este ano o músico, nascido em São Paulo e morador de Boston, nos Estados Unidos, onde estuda na prestigiosa Berklee College of Music, completou a idade limite para participar da competição: 29 anos.
Depois de três anos de inatividade, no último domingo, ele sagrou-se vencedor.

Leandro Pellegrino é o primeiro brasileiro a conquistar o troféu.

O prêmio inclui ainda R$ 12 mil em dinheiro e a gravação de um disco num estúdio nos Alpes suíços.
Entre os nove concorrentes de Pellegrino estava o também brasileiro Marcio Philomena, de 25 anos, com quem ele estudou em Berklee.
Gaúcho de Porto Alegre, Philomena aponta o amigo como um dos grandes jovens guitarristas do país.
"Adoro “Wave”, e não tenho como negar a influência da música brasileira na minha carreira. Mas eu queria mesmo era sair da minha zona de conforto. Afinal, eu cresci ouvindo essas coisas, e hoje me forço a aprender um vocabulário que não é o meu",  conta Pellegrino, que ganhou a primeira guitarra aos 13 anos, influenciado pelos riffs de Jimi Hendrix e do Black Sabbath, e depois enveredou pelo jazz.
Nascido e criado em São Paulo, vindo de uma grande família de classe média baixa (são cinco irmãos, inclusive a jogadora da seleção brasileira de futebol feminino Aline Pellegrino), o guitarrista, que além do jazz e do rock é fã de música clássica, samba, choro, hip-hop, funk e reggae, conta ter demorado a se dedicar ao sonho de viver de música.
"Cheguei nos EUA no meio de uma crise, o dólar disparou, e o dinheiro que minha família mandava não era suficiente. Passei uns apertos, deixei para trás uma vida com um salário fixo razoável no Brasil para me arriscar em Boston. Tive que me readaptar, comer menos, comprar só o essencial, parar de sair para me divertir. Mas, até agora, está valendo a pena", comemora.
Com informações de O Globo.