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Adolescente morre baleado horas depois de entregar a vida a Jesus e ser batizado

Adolescente morre baleado horas depois de entregar a vida a Jesus e ser batizado



Poucas horas depois de ser batizado nas águas em um culto de domingo, um adolescente de 16 anos foi morto a tiros ao proteger a namorada de uma briga. Um atleta de destaque nas categorias de base é acusado de efetuar os disparos.

De’Mari Jackson, 16 anos, decidiu ser batizado nas águas na Igreja Rocha, em Fort Myers, Flórida (EUA). A igreja ofereceu a oportunidade a ele no mesmo dia em que havia entregado a vida a Jesus.

Ele faleceu ao proteger a namorada durante uma briga entre dois grupos de meninas adolescentes. O acusado de efetuar os disparos é Syncere Trice, um jogador de futebol americano de 19 anos.

Trice é um atleta que se destacou no Ensino Médio e provavelmente teria uma carreira como jogador de futebol universitário, último passo antes da tentativa na liga profissional, a NFL. Agora ele responderá pelo assassinato do adolescente cristão.

A emissora de TV local WINK News informou que durante uma audiência no tribunal na manhã da última quarta-feira, 27 de abril, o promotor Andreas Gardiner disse que três testemunhas do tiroteio na noite de domingo (24) relataram terem visto Trice na cena do crime.

Wayne Sloss, o pastor presidente da Igreja Rocha de Fort Myers, disse ao portal The Christian Post relatou que o adolescente havia entregado a vida a Jesus e decidido pelo batismo no mesmo dia, sendo batizado por outro pastor, Jean Alexandre.

“Naquela manhã de domingo em que De’mari foi batizado, tivemos oito [pessoas batizadas] naquela manhã e uma naquela noite. Ele sentiu o chamado de Deus em sua vida. Infelizmente, nunca consegui falar com ele apenas devido ao tamanho de nossos cultos”, relatou.

O pastor Sloss disse que na manhã em que De’mari compareceu à igreja, a pregação foi feita pelo pastor Gerardo Diaz, que entregou uma mensagem intitulada “Enterre o sino” que inspirou o falecido adolescente a entregar sua vida a Deus e ser batizado poucas horas antes de seu trágico assassinato.

“[A mensagem estava] dizia que se você quer algo, então você tem que ir em frente e conseguir. E quando Deus está chamando você para a Salvação, que é o primeiro passo para nossa caminhada com Deus, não demore”, relembrou Sloss.

“Hoje é o dia da Salvação. Você não sabe o que o amanhã vai trazer. E então descobrir que ele foi baleado e faleceu naquela noite, quero dizer, isso enfatiza esse ponto incrivelmente. E você está apenas chocado. Todas essas coisas passam pela sua cabeça”, acrescentou o pastor.

A briga

O relatório da polícia sobre o crime mostrou que grupos de garotas provocaram a confusão, durante a qual Jackson foi baleado. Elas estavam em atrito entre si por meses antes da confusão no domingo.

O jogador Syncere Trice seria irmão de uma menina que fazia parte do grupo que foi de carro para o bairro Southward Village em Fort Myers e tentaram atropelar uma menina de 14 anos e seus familiares em um parque do bairro.

A briga foi interrompida pela mãe da menina, que então correu para sua casa. No entanto, um dos adolescentes ameaçou a família e começou a bater na janela de sua casa.

Quando o pai do adolescente saiu de casa para se dirigir à menina que atacou sua casa, testemunhas disseram que Trice começou a atirar e matou Jackson, que estava no local.

No momento do tiroteio, Jackson estava com uma garota com quem namorava há dois meses. De acordo com os relatórios da polícia, Jackson “se colocou na frente” da namorada, “a empurrou e disse para ela correr”.

Enquanto corriam juntos, Jackson desmaiou, ainda vestindo as roupas que havia usado para ir à igreja. Mais tarde, ele foi declarado morto em um hospital.

O pastor Sloss confirmou que essa tinha sido a primeira vez que o adolescente havia participado do culto na Igreja Rocha: “Ele foi um convidado de primeira viagem. Ele acabou de entrar. Você sabe, e então ser informado de que ele estava protegendo… ajudando as pessoas e acabou levando um tiro no processo, é muito pesaroso pensar. Apenas traz um nível de realidade para a vida”.

A policial Yvette Dominique, que atua na prevenção ao crime, também lamentou a morte: “É trágico perdermos jovens. É de partir o coração. E eu trabalho com jovens o tempo todo para saber que temos que lidar com isso. Nos sentimos mal; nos sentimos tristes. Nenhuma criança ou pai, nenhum membro da comunidade deveria ter que passar por [isso]. É um evento triste, e espero que as pessoas falem sobre isto”.