60% da população da África Ocidental não tem acesso à eletricidade
Cerca de 60% população da África Ocidental não tem acesso a energia elétrica, o que constitui um dos principais desafios que a atual geração de políticos tem pela frente.
Cerca de 60% população da África Ocidental não tem acesso a energia elétrica, o que constitui um dos principais desafios que a atual geração de políticos tem pela frente.
Mahama Kapiah, diretor executivo do Centro para as Energias Renováveis e Eficiência Energética (ECREE) da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), cm sede na Cidade da Praia, salientou que esta sub-região é a que tem o menor acesso do mundo à eletricidade. Concretamente na Libéria e na Nigéria, apenas 7% da população tem acesso à energia, referiu este responsável, acrescentando que existe uma procura "crescente" na área das energias renováveis, o que significa que é preciso fazer "algo mais pragmático" para garantir a procura dos cerca de 115 milhões de habitantes da região.
Segundo Kapiah, os estudos realizados pela ECREE referem que até 2030 haverá um aumento de 30% na produção da energia renovável na região oeste-africana, percentagem, porém, inferior aos 35% já atingidos por Cabo Verde, cujo Governo tem a meta de alcançar os 100% até 2020.
Para o gestor, natural do Gana, Cabo Verde é, "mais uma vez, a exceção", com um desenvolvimento social "muito elevado", quando comparado com os restantes 14 Estados que integram a CEDEAO, entre eles a Guiné-Bissau.
Dos 15 países enquadrados no projeto de ECREE, Cabo Verde foi o que teve "melhor desempenho", ao atingir uma taxa de penetração de 95%, para uma população de cerca de 520 mil habitantes, distribuída por nove ilhas.
Criado em dezembro de 2008 em Abuja, na Nigéria, durante a cimeira da CEDEAO, o ECREE visa contribuir para a concretização dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) definidos pelas Nações Unidas em 2000 e elaborar planos de gestão e de coordenação na África Ocidental.