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10 dilemas que assombram estagiários e como lidar com eles

10 dilemas que assombram estagiários e como lidar com eles



Jogo simula principais dúvidas e decisões que um estagiário precisa tomar no começo da carreira. Confira 10 situações e como agir em cada uma delas

Universitários: dois últimos anos da graduação devem ser mais focados em estágio, diz especialista
 

São Paulo – A estreia de um universitário no mundo corporativo é sempre cercada de dilemas. Como dar conta de trabalhar e estudar, o que abrir mão e o que priorizar são apenas algumas das questões que rondam a vida de um estagiário.

Escolha de cursos e de mentores e outras dúvidas mais prosaicas como, por exemplo, qual a melhor hora de fazer uma pergunta ao chefe também engrossam a longa lista cotidiana de pontos de interrogação.
Pensando nisso, a consultoria People On Time decidiu simular situações que aparecem na vida de (quase) todo estagiário em ambiente virtual.
O jogo A Hora do Estágio, gratuito e disponível no site da People On Time promove reflexão e mostra o impacto das escolhas feitas pelo jovem profissional.
Veja alguns dos dilemas simulados pelo jogo e os conselhos de Elvira Berni, sócia -diretora da consultoria, e uma das responsáveis pela iniciativa:
 

1 Perguntar ou não perguntar ao chefe?

Imagine a situação: o chefe passa um relatório para o estagiário fazer, mas ele não entende bem qual o foco da atividade e fica com dúvidas. Está costurado o dilema. Perguntar agora ou começar a fazer mesmo tendo dúvidas?
“Indico que o estagiário pergunte, mas que faça perguntas com inteligência”, diz Elvira. A especialista se refere às questões importantes para o entendimento, em detrimento das perguntas de questionamento, ou seja, aquelas com juízo de valor.
Pergunta tem tempo certo para ser feita, segundo a especialista. E o momento ideal é na hora em que ele passa a atividade. “É ruim ficar quieto ou questionando o pedido do chefe e depois voltar para fazer perguntas de entendimento quando ele já está fazendo outra coisa”, diz Elvira.

2 Ajuda extraordinária em evento. Comprometer-se ou não?

Muitas vezes a ajuda do estagiário é requerida em eventos. Sendo um pedido extraordinário vale a pena a arregaçar as mangas e “fazer serão” com a equipe?
“Se é para uma situação relevante em que a sua contribuição é importante, ele deve estar junto com a equipe”, diz Elvira.
Mas a especialista alerta para o caráter não rotineiro do pedido, já que a por lei o estagiário pode trabalhar apenas 6 horas diárias, chegando a uma jornada semanal de 30 horas, no máximo.
Solicitações corriqueiras de esforço extra acendem a luz vermelha para a empresa, já que a prioridade do jovem deve ser frequentar as aulas da universidade.

3 O que analisar na hora de escolher uma especialização?

“Vivemos o momento da lei da oferta, é uma época com excesso de oferta em tudo”, diz Elvira. E então como escolher uma especialização?
Paixão pelo tema e perspectivas de mercado devem ser levadas em conta, segundo Elvira Berni. “Modismo e dinheiro, não”, diz.
Porque é um curso barato, porque o pai vai bancar ou porque todo mundo está fazendo não devem nortear a escolha, segundo a especialista.

4 Com tantas solicitações, qual o melhor jeito de administrar o tempo e evitar frustrações?

Faculdade, trabalho, amigos, amores, família, esporte, festas e viagens. As solicitações são as mais diversas e é preciso encontrar um equilíbrio.
Quem participar do Jogo do Estágio vai perceber que gestão do tempo é uma questão bastante explorada pelos desenvolvedores da iniciativa.
“Indico que se faça uma separação entre o tempo dedicado à faculdade, as horas de trabalho e os momentos para atividades pessoais e descanso”, diz Elvira. Em seguida é decidir o que é mais importante e tentar de alguma forma balancear isso tudo.

5 O que levar em conta ao analisar propostas de estágio?

“O jovem não deve confundir o estágio com ganhar mais dinheiro ou trabalhar perto de casa”, diz Elvira.
A principal questão a ser analisada é a importância do estágio para a sua carreira profissional, insto é o encaminhamento em que vai resultar.
“E isso é muito maior do que 300 reais a mais no fim do mês ou a economia de uma hora no trajeto”, afirma a especialista. Para ela o principal recado é não pensar apenas em curto prazo.