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Número de personagens LGBT em produções para cinema e TV bate recorde

Número de personagens LGBT em produções para cinema e TV bate recorde



“Tudo que as pessoas assistem na televisão afeta seu julgamento moral”, lembra líder evangélico.

 Nunca houve tantos personagens LGBT em filmes, séries e programas de televisão quanto agora, aponta um relatório divulgado pela organização GLAAD, conhecida pelo seu ativismo em prol do segmento.

Todos os anos eles publicam um levantamento chamado “Onde estamos na TV”. A temporada 2018-2019 da programação televisiva revelou que dos 857 personagens, 75 deles (8,8%), são classificados como LGBTQ. Esta é a maior porcentagem desde que esse tipo de análise começou ser feito, há 23 anos.

 
“Este ano são 113 personagens LGBT fixos ou com aparições especiais em programas de TV somente no horário nobre. Eram 86 no ano anterior”, afirmou GLAAD na semana passada. Isso não inclui os serviços de streaming. Foram consideradas apenas produções de canais televisivos.

Os ativistas do GLAAD estão fazendo uma campanha para garantir que, nos próximos dois anos, 10% dos personagens em produções que vão ao ar no horário nobre sejam LGBTQ. Eles estão cientes do poder de influência sobretudo dos seriados, que em pouco tempo são dublados e disponibilizados em dezenas de países do mundo.

Reação evangélica

Alguns líderes evangélicos, incluindo Albert Mohler Jr., presidente do Seminário Teológico Batista do Sul dos EUA, expressaram preocupação com o relatório da GLAAD.

Em um programa de rádio online produzido pela instituição de ensino, Mohler afirmou que “quase tudo que as pessoas assistem na televisão afeta seu julgamento moral”.

“Se você consegue mudar as histórias que são contadas e dar destaque para personagens específicos, acaba influenciando a percepção moral da audiência”, disse o pastor.

“Olhando para este relatório, vemos que há uma questão ainda mais profunda para qual os cristãos deveriam se atentar: os produtos culturais que consumimos, os filmes que vemos, a música  que ouvimos, tudo isso afeta nossas percepção de certo e errado em um nível que pode não ser alcançado por um argumento cognitivo”.