Igreja canadense pede que governo intervenha pela liberdade seu pastor na Coreia do Norte
Pastor Hyeon Soo Lim está preso na Coreia do Norte desde 2014. Sua igreja no Canadá pede que o governo canadense intervenha neste caso, exigindo a liberdade do líder cristão.
A igreja de um pastor coreano naturalizado canadense que foi condenado à prisão perpétua na Coreia do Norte pediu ao governo do Canadá para intervir no caso, buscando sua libertação.
Pastor Hyeon Soo Lim, que viajava com frequência para a Coreia do Norte, trabalhando em projetos sociais, foi preso no país oriental em 2014 e condenado a trabalhos forçados pelo resto da vida no dia 16 de Dezembro de 2015, depois de aguardar pelo julgamento durante 10 meses, na prisão.
Ele foi acusado de "prejudicar a dignidade do líder supremo", "tentando usar a religião para destruir a Coreia do Norte" e "ajudar na fuga de norte-coreanos". Ele acabou ‘confessando tais crimes’, porém os advogados do pastor acreditam que isso tenha acontecido sob algum tipo de tortura.
Uma petição em seu apoio, disse: "Ele fez mais de 100 viagens à Coréia do Norte durante os últimos 20 anos, fornecendo alimentos, livros e ferramentas agrícolas para os civis. Suas viagens não eram de natureza política".
Agora sua congregação, a Igreja Presbiteriana Luz em Mississauga, pediu ao governo canadense para intervir, exigindo a libertação do líder cristão, assim como aconteceu com os colegas canadenses Homa Hoodfar (que estava preso no Irã) e Kevin Garratt (que estava preso na China).
Um comunicado ontem disse: "Sabemos que em ambos os casos, o mais alto nível de funcionários do governo, incluindo o primeiro-ministro Justin Trudeau, foram fundamentais para garantir a libertação desses colegas canadenses".
"Pedimos que o governo canadense demonstre a mesma atenção e determinação quando se envolver em negociações diplomáticas com as autoridades norte-coreanas", acrescentou.
Uma porta-voz do governo para Assuntos Globais disse ao jornal ‘The Star’: "Estamos plenamente envolvidos neste caso, desde o começo. A ministra [Stéphane] Dion se reuniu com o filho do pastor e funcionários consulares, oferecendo assistência ao pastor Lim e à sua família".
"No caso do Sr. Lim, não há nenhuma informação que possa ser compartilhada", acrescentou.
Uma porta-voz da família de Lim, Lisa Pak, disse que eles estavam preocupados com seu bem-estar. O pastor foi visto pela última vez, quando a CNN transmitiu uma entrevista com ele em janeiro.
"Naquela época, havia preocupações sobre a saúde dele", disse ela. "Neste momento, estamos muito preocupados com a possibilidade de que sua saúde possa estar ainda mais debilitada. Essas preocupações se intensificam ainda mais, justamente porque não temos nenhuma informação precisa".