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Cristãos podem perder aposentadoria se frequentarem igrejas, na China

Cristãos podem perder aposentadoria se frequentarem igrejas, na China



O governo chinês vem dando respostas duras ao cristianismo, que tem experimentado um intenso crescimento no país.

Cristãos que vivem na China poderão perder seus benefícios sociais, caso não parem de frequentar a igreja. O anúncio foi feito no dia 2 de julho pelas autoridades da província de Guizhou, segundo informações da organização China Aid.
 
De acordo com um membro de uma igreja doméstica, os oficiais informaram que irão retirar o direito de aposentadoria dos cristãos. "O governo pediu às prefeituras das cidades e aldeias que levem cristãos a assinarem uma garantia, afirmando que se eles se reunirem novamente, sua aposentadoria seria cortada", disse ele.
 
Não é a primeira vez que esse tipo de ameaça acontece na China. Em setembro de 2014, cerca de 36 cristãos da etnia Miao foram detidos e, desde então, nenhum recebeu pagamentos de benefícios sociais.
 
O governo chinês vem dando respostas duras à religião, em particular o cristianismo, que experimenta um intenso crescimento no país. Ao longo dos últimos três anos, mais de 1.500 igrejas foram demolidas e tiveram suas cruzes removidas na província de Zhejiang. Pastores e advogados que se opuseram à campanha do governo foram presos.
 
No último mês, autoridades informaram aos pais cristãos da província de Guizhou que seus filhos não poderiam ter acesso à faculdade ou uma academia militar, caso as famílias insistissem em frequentas igrejas.
 
Além disso, o governo estabeleceu que qualquer pessoa que levasse uma pessoa menor de idade para a igreja, responderia a um processo judicial. A legislação chinesa proíbe crianças menores de 18 anos a receberem qualquer tipo de educação religiosa.