Mercadinho da Vila Olímpica cobra até o triplo por produtos importantes
Caixa com dez adaptadores sai por R$ 200, e cartão de memória é vendido por R$ 120 – respectivamente o dobro e o triplo dos preços cobrados fora do ambiente olímpico
A necessidade custa caro na Vila Olímpica. O mercadinho montado na saída dos atletas, na zona internacional em que jornalistas e competidores convivem, pratica preços muito acima do normal. Uma visita ao estabelecimento nesta segunda-feira revelou que a loja cobra por itens fundamentais, como adaptadores de tomadas e repelentes contra mosquitos, valores até três vezes maiores que os praticados no restante do Rio de Janeiro.
Uma caixa com dez adaptadores – artigo fundamental, já que a entrada brasileira é única no mundo – e que no mercado normal não sai por mais que R$ 100, custa R$ 200. O preço está escrito a mão em uma etiqueta comum colada na prateleira. Já repelentes de mosquitos, muito úteis em tempos de zika e dengue, também não passaram incólumes à inflação olímpica. Um tubo, que normalmente não custa mais que R$ 20, é vendido na loja por nada menos que R$ 50.
A reportagem do Globoesporte.com apurou que, até julho, os repelentes eram vendidos no mesmo local a R$ 26, mas depois tiveram seus valores reajustados para quase o dobro do preço.
Um frasco pequeno de repelente na vila olímpica é vendido a R$ 50 (Foto: Marcelo Russio/GloboEsporte.com)
Outros itens que, se não são essenciais, têm grande procura, também são sobretaxados na loja da Vila Olímpica. Um cartão de memória de 32GB, que nas lojas normais custa cerca de R$ 40, sai pelo triplo do preço: R$ 120. E um fone de ouvido comum, cujo preço é de cerca de R$ 20, é vendido a R$ 50.
Dez adaptadores de tomada custam R$ 200 na vila olímpica (Foto: Marcelo Russio/GloboEsporte.com)
Nossa reportagem conversou com integrantes das delegações de Suécia e Argentina que estavam no local, e os estrangeiros ficaram espantados com a diferença nos preços dos itens vendidos dentro e fora da Vila. Alguns membros de outras delegações entravam no mercado e saíam de mãos vazias