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Mais balada, menos fé: dirigente atribui rebaixamento de seu time a “grupinhos de igreja”

Mais balada, menos fé: dirigente atribui rebaixamento de seu time a “grupinhos de igreja”



Um dirigente esportivo criticou a influência que jogadores evangélicos exercem sobre os colegas de profissão e atribuiu o fracasso de seu time à falta de atletas que frequentem baladas.

Um dirigente esportivo criticou a influência que jogadores evangélicos exercem sobre os colegas de profissão e atribuiu o fracasso de seu time à falta de atletas que frequentem baladas.
 
Renato Bonfiglio, vice-presidente do XV de Piracicaba, seguiu uma lógica oposta à dos cronistas esportivos e afirmou que a falta de jogadores que “curtem” a noite foi a responsável pelo rebaixamento da equipe na edição desse ano do Campeonato Paulista.
 
Para Bonfiglio, os “grupinhos de igreja” formados no elenco foram responsáveis pelo insucesso do time: “Talvez o problema do XV tenha sido esse: não trazer uns dois ou três ‘p…-loucas’. Tinha muita amizade no elenco e grupinho de igreja. Jogador tem que ir pra putaria”, afirmou o cartola, em entrevista à Rádio Difusora.
 
O XV de Piracicaba se reforçou com jogadores conhecidos, como o lateral-esquerdo Thiago Carleto, emprestado pelo São Paulo, e algumas jovens promessas, como o atacante Rivaldinho, filho de Rivaldo.
 
O rebaixamento do clube aconteceu após cinco anos disputando a elite do futebol estadual. Em 2017, o XV voltará à Série A-2.
 
Na prática, o fator responsável pelo rebaixamento foram os pênaltis perdidos pelo time na reta final da fase de classificação: “Com certeza, foi o melhor time já montado pela diretoria, mas não fui eu quem perdi os dois pênaltis. Se tivessem marcado, a gente não seria rebaixado. Os gols que perdemos aqui [no estádio Barão de Serra Negra] também foram determinantes”, concluiu o dirigente.
 
Fé
 
Ao contrário do que afirmou Bonfiglio, em geral os times que contam com jogadores evangélicos, ou membros da comissão técnica, costumam ir bem nas disputas.
 
Em 2014 e 2015, o evangélico Doriva foi bicampeão estadual, em São Paulo e Rio de Janeiro, e sempre frisou a importância da fé nas conquistas. No primeiro título, ele venceu o Paulistão pelo Ituano, derrotando o Santos de Neymar. No ano seguinte, com o Vasco, venceu o Botafogo e conquistou o Carioca após 12 anos.