Declaração de Netanyahu sobre holocausto recebe críticas
Primeiro-ministro de Israel acusou palestino de ter convencido Hitler a exterminar judeus. Ele recebeu críticas de palestinos e de israelenses.
O primeiro-ministro de Israel conseguiu uma proeza, com uma declaração que deu na terça-feira (20). Ele foi criticado por palestinos e por israelenses.
Foi num discurso em Jerusalém na noite de terça que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acusou um palestino, o líder religioso islâmico Haj Amin al-Husseini, de ter sido o responsável por convencer Hitler a promover o extermínio de judeus na Segunda Guerra Mundial.
"Naquele momento, Hitler não queria exterminar os judeus, ele queria expulsá-los da Alemanha", disse Netanyahu.
Historiadores lembraram que o encontro foi em 1941, e que dois anos antes Hitler já havia defendido a chamada Solução Final, num discurso no parlamento alemão.
Depois de ser criticado, ridicularizado e até chamado de mentiroso por alguns historiadores, o primeiro-ministro de Israel disse que jamais tentou tirar de Hitler a responsabilidade pelo Holocausto.
Segundo Benjamin Netanyahu, o que ele queria dizer é que antes mesmo da criação do estado de Israel já existiam lideranças árabes defendendo o que ele chamou de extermínio da população judaica.
Na Alemanha, o porta-voz do governo disse que a responsabilidade pelo holocausto foi apenas dos alemães, e que não há motivos para mudar a história.
Nesta quarta-feira, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, se reuniu com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. A ONU, a Alemanha e os Estados Unidos esperam convencer Abbas e Netanyahu acalmar os ânimos e conter a violência que em pouco mais de um mês já matou 9 israelenses e 48 palestinos.