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ONU diz que 13,6 milhões foram desabrigados por guerras no Iraque e na Síria

ONU diz que 13,6 milhões foram desabrigados por guerras no Iraque e na Síria



Cerca de 13,6 milhões de pessoas, o equivalente à população de Londres, ficaram desabrigadas por causa dos conflitos no Iraque e na Síria, e muitas estão sem comida nem abrigo às vésperas do inverno local, informou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) nesta terça-feira.

 GENEBRA (Reuters) – Cerca de 13,6 milhões de pessoas, o equivalente à população de Londres, ficaram desabrigadas por causa dos conflitos no Iraque e na Síria, e muitas estão sem comida nem abrigo às vésperas do inverno local, informou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) nesta terça-feira.

 
Amin Awad, diretor do Acnur para o Oriente Médio e o norte da África, disse que o mundo está ficando indiferente às necessidades dos refugiados.
 
“Agora, quando falamos de um milhão de pessoas deslocadas ao longo de dois meses, ou 500 mil da noite para o dia, o mundo simplesmente não reage”, declarou ele aos repórteres em Genebra.
 
Entre as 13,6 milhões de pessoas estão 7,2 milhões de desabrigadas dentro da Síria – um aumento em relação a uma estimativa de 6,5 milhões que a Organização das Nações Unidas (ONU) manteve durante muito tempo – , assim como 3,3 milhões de refugiados sírios no exterior.
 
No Iraque, 1,9 milhão de pessoas foram deslocadas neste ano por combates tribais e pelo avanço do Estado Islâmico e se somam ao um milhão de pessoas anteriormente desabrigadas, e 190 mil deixaram o país em busca de segurança.
 
A grande maioria dos refugiados sírios foram para Líbano, Jordânia, Iraque ou Turquia, nações que Awad disse “estarem causando vergonha a todos nós” por seu apoio às famílias sírias sem teto.
 
“Outros países do mundo, especialmente na Europa e além, deveriam abrir suas fronteiras e dividir a responsabilidade”.
 
O Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU reduziu as porções de 4,25 milhões de pessoas, e a falta de fundos pode levar a uma interrupção em seus suprimentos para os refugiados no mês que vem, afirmou a porta-voz Elisabeth Byrs à Reuters.
 
Recentemente o PMA recebeu novas promessas que podem evitar cortes imediatos, disse Byrs, embora ainda precise de 325 milhões de dólares para cobrir suas operações na Síria e na região até o final de 2014.