Cientistas da USP vencem 600 times e disputam Mundial de Computação
Equipe de São Carlos embarca para a Rússia com cinco equipes nacionais.
Eles vão enfrentar quase 200 seleções de diversos países a partir do dia 25.
Cientistas da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos disputam uma Copa em que os principais adversários não entendem nada de bola: é o Mundial de Computação, que será realizado no dia 25 de junho, na Rússia. Para chegar a esta fase, o time da cidade venceu quase 600 equipes na maratona brasileira de programação.
O grupo também vai defender a bandeira verde e amarela, só que o campo desta seleção é a sala de aula. O gramado deu lugar aos teclados e em vez de 11 jogadores, são três os craques da computação: Bruno Junqueira Adami, Bianca Oe, Luiz Fernando Donelli.
Escalado pelos ‘técnicos’ Filipe de Carvalho Nascimento e Gustavo Batista, o time da USP São Carlos venceu o campeonato brasileiro e embarca para o Mundial junto com outras cinco equipes nacionais.
Projeto online da USP cria ‘personal trainer educativo’ e vence olimpíada USP São Carlos descobre remédio mais eficaz contra doença de chagas "É uma Copa do Mundo onde o domínio é chinês, russo, curiosamente, tem bastante asiático, então, é uma competição em que não somos os donos da bola, como estamos acostumados”, falou o professor de ciência da computação Gustavo Batista.
Eles vão enfrentar quase 200 seleções de diversos países. A disputa não vai ser fácil. “A gente quer representar o Brasil bem, porque o país ainda está engatinhando nesse tipo de competição”, comentou o cientista da computação Bruno Junqueira Adami. “E os asiáticos são muito bons, então a gente tem que se dedicar mesmo”, completou a também cientista Bianca Oe.
Time de São Carlos venceu quase 600 equipes na maratona brasileiras (Foto: Felipe Lazzarotto/EPTV)
Nessa grande final, os times terão que driblar vários obstáculos na programação dos computadores. O desafio é encontrar soluções que facilitam a vida, como a busca por uma rota mais rápida no GPS.
“O problema pode fazer várias pesquisas, de uma cidade a outra, por exemplo, e o nosso programa tem que conseguir mostrar para o juiz qual é a melhor rota para cada uma dessas pesquisas”, explicou o professor de ciência da computação Filipe de Carvalho Nascimento.
Para isso, é preciso treinar muito diante das telas. Tudo é feito a partir de códigos que determinam os comandos em um computador. “Com a competição, eles estão cada vez mais estudando, aprendendo mais, aperfeiçoando o conhecimento, então a gente usa a competição como uma forma de motivação do aprendizado”, falou o professor Batista.
Torcida
Nessa Copa, o jogo pode ser outro. Mas o desejo de trazer o título para o Brasil é o mesmo. Com o passaporte na mão, a equipe vai em busca da vitória. “A gente é brasileiro e está aí, não pode falar que não. Mas a gente vai dar o nosso melhor para trazer um bom resultado”, finalizou o cientista da computação Luiz Fernando Donelli.
Grupo da USP São Carlos vai a Rússia disputar Mundial no fim deste mês (Foto: Felipe Lazzarotto/EPTV)