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Especialistas estão ‘intrigados’ por Japão ter controlado coronavírus sem isolamento

Especialistas estão ‘intrigados’ por Japão ter controlado coronavírus sem isolamento



Bruna de Pieri

 

 

 

 

 

Especialistas estão “intrigados” com o fato de o Japão ter controlado o vírus chinês sem implantar medidas de isolamento social.

De acordo com a Bloomberg, “o país conseguiu o objetivo ignorando em grande medida o manual padrão de outras nações” e “não foram impostas restrições à mobilidade de residentes, e empresas, como restaurantes e salões de beleza, permaneceram abertas”.

Também não foram implantados aplicativos de “alta tecnologia” que rastreavam os movimentos das pessoas, como está sendo feito, por exemplo, em São Paulo, onde o Sistema de Monitoramento Inteligente (SIMI-SP) envia mensagens à população via celular quando estão em locais de “aglomeração”.

Outra ressalva é que o Japão não possui um centro de controle de doenças. “Quando os países foram exortados a ‘testar, testar, testar’, o Japão testou apenas 0,2% da população, uma das taxas mais baixas entre países desenvolvidos”, informou a Bloomberg. “No entanto, a curva foi achatada, com mortes bem abaixo de mil, de longe o menor número entre países desenvolvidos do G-7. Em Tóquio, com alta densidade populacional, os casos caíram para um dígito na maioria dos dias”.

O Japão entrou, mas deve deixar o estado de emergência em apenas algumas semanas. O status já foi suspenso na maior parte do país, e Tóquio e outras quatro regiões restantes deixam o estado de emergência na segunda-feira.

Uma lista amplamente compartilhada reúne 43 possíveis razões citadas em reportagens da mídia, “variando de uma cultura de uso de máscaras a uma taxa de obesidade baixa”, além da decisão “relativamente antecipada de fechar escolas”.

Uma das razões citadas também é o fato de que os japoneses emitiriam “menos gotículas potencialmente carregadas de vírus ao falar em comparação com outros idiomas”.